Iniciou nesta quarta-feira (20), a Feira de Artesanato “Mãos que Criam”. O evento que faz parte das comemorações da Semana do Artesão, é uma realização da Prefeitura de Campo Grande por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur) e do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) e da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc) com o apoio do Sebrae/MS.

A prefeita Adriane Lopes esteve presente na abertura oficial da feira e apontou a economia criativa como um caminho para incentivar novos empreendedores e valorizar a cultura local. “Nós acreditamos no artesanato. Ele é uma fonte de renda riquíssima, além de mostrar a nossa identidade, a nossa cultura e levar o nome da nossa Capital e do nosso Estado por onde chegam as peças de artesanato produzidas pelas mãos dos sul-mato-grossenses”.

Atualmente, Campo Grande conta com mais de 4 mil artesãos cadastrados no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro. Entre eles, está Janaína Ocampo, que há quatro anos trocou a profissão de designer de sobrancelhas pela confecção de amigurumis, técnica japonesa que utiliza o tricô ou crochê para criar bonecos. “Eu comecei sem saber pegar na agulha e hoje vivo do artesanato. É uma profissão que me levantou, que me tirou de uma depressão e que me fez ter um objetivo na vida. Esse espaço permite que a gente exponha e venda nosso trabalho e conheçamos a arte de outros colegas”.

Lorena Rezende Espíndola é arquiteta por formação, mas junto à mãe Dulci Rezende Espíndola, viu na confecção de brincos de crochê um novo horizonte. “Eu encaro as minhas peças como uma obra de arte. Tudo é pensado com cuidado, fazemos croquis, tudo para produzir produtos exclusivos, que desmistificam o crochê como algo de hippies ou avós. As exposições são importantes não apenas para as vendas, mas para que todos possam conhecer e valorizar diferentes tipos de arte”.

Além dos artesãos campo-grandenses, a feira também reúne artistas do interior. É o caso de Selma Brito, de Rio Verde, que produz peças autênticas como chapéus, camisetas e sapicuás incrementados com as tradicionais e coloridas faixas pantaneiras, utilizadas pelos peões. “A intenção do nosso ateliê é divulgar os elementos do Pantanal, da nossa terra. Já enviamos peças para a Ilha da Madeira, para a Ásia e assim seguimos atendendo todos os chamados. Essa feira é mais uma oportunidade de que nosso trabalho seja visto e reconhecido.

A Feira de Artesanato “Mãos que Criam” segue até domingo (24) no Armazém Cultural. Além da exposição, o evento conta com praça de alimentação e apresentações culturais. Nesta quinta (21), quem se apresenta é a banda Flor de Pequi. Na sexta (22), é a vez do pagode do cantor Dieguinho e no sábado (23) os meninos do grupo Tradição embalam a festa.

Serviço:

Evento: Feira de Artesanato “Mãos que Criam”
Data: 20 a 24 de janeiro
Horário: 14h às 22h
Local: Armazém Cultural