A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), instituiu o Centro de Operações de Emergências (COE) para estabelecer estratégias e ações efetivas diante do aumento nos casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves, as SRAGs.  Nesta segunda-feira (29) aconteceu a primeira reunião do COE-SRAG com a presença de técnicos da Sesau, representantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES), hospitais públicos e filantrópicos, Defesa Civil, entre outros órgãos.

O COE é uma estratégia de gestão de emergência, hoje da Síndrome Respiratória, tendo uma estrutura temporária de análise, decisão e controle responsável pela gestão plena de situação emergencial. O objetivo é garantir uma resposta coordenada às situações, manter uma comunicação eficaz e monitorar as ações .

De acordo com a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, a criação do COE foi baseada na necessidade de se estabelecer um plano de resposta e uma estratégia de acompanhamento e suporte aos casos confirmados e suspeitos das síndromes respiratórias no município. O centro irá utilizar-se do emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública. “O COE atuará de forma conjunta com outros órgãos e setores internos e externos à Sesau”, complementa.

Dentre as atribuições do COE está a análise de padrões de ocorrências, a distribuição e a confirmação de casos das doenças respiratórias. O centro também irá elaborar fluxos e protocolos, assistência e laboratório para enfrentamento do vírus na rede pública.

Conforme a secretária, a medida vem ao encontro à necessidade de adotar ações estratégias diante do aumento de casos, o que tem levado a sobrecarga das unidades de urgência e emergência, além do aumento na demanda por internação. Na última semana, por exemplo, as 10 unidades de urgência e emergência chegaram a atender aproximadamente 6,5 mil pacientes, o que representa em torno de 40%.

Considerando este cenário, a Sesau já adotou diversas medidas para assegurar a assistência adequada à população. Entre elas, o reforço do quadro funcional das unidades, reorganização do fluxo de atendimento, além da tratativa para ampliação no número de leitos hospitalares. “Estamos atuando para dar uma resposta em relação a esta situação e assegurar uma assistência adequada para nossa população”, diz.

A secretária reforça que neste momento é preciso maior atenção quanto às formas de prevenção, como o reforço da higiene pessoal e etiqueta respiratória, associada à vacinação contra Gripe e Covid-19, além do uso de máscara para pacientes sintomáticos, sobretudo aqueles que pertencem ao chamado grupo de risco.

“O uso de máscaras de proteção facial continua sendo recomendado para sintomáticos respiratórios, indivíduos com fatores de risco, em especial imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades”, diz. Ela lembra ainda que o equipamento deve ser usado em situações de maior risco de contaminação, como locais fechados e mal ventilados com aglomeração, além de serviços de saúde.

As doenças respiratórias podem ser infecciosas (resfriado comum e pneumonias, por exemplo) e não infecciosas (como rinite alérgica e asma), cuja origem nem sempre é possível distinguir. Os principais sintomas são: tosse, dificuldade respiratória, dor de garganta, coriza e dor de ouvido.