A Prefeitura de Campo Grande vai participar ativamente da Campanha de Combate à Dengue lançada nesta terça-feira (10), na Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG). A parceria entre a prefeitura, a ACICG e o Supermercado Comper visa diminuir o número de casos de dengue, zika vírus e chikungunya em Campo Grande, que dobraram no último ano.

Somente em 2016 foram notificadas 29 mil doenças provocadas pelo Aedes aegypti, sendo 28.437 casos de dengue, 243 de febre chikungunya e mais de 260 relacionados ao Zika vírus. Os números superaram e muito os 14.140 casos notificados pelo mosquito em 2015.

Diante desta situação, o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, aumentou o número dos carros fumacês de 3 para 6 e colocou 1,5 mil agentes comunitários nas ruas. Contudo, pondera que o mais importante é a ação coletiva de todos os campo-grandenses.

“As ações unitárias, individuais deram certo? Não deram certo! Se dessem certo não teríamos um aumento de 100% dos casos. E agora o prenúncio de chikungunya e zika vírus… Como eu poderia ter evitado isso daí? Não adianta a Prefeitura sair com o fumacê, tínhamos 3 carros e agora temos 6. Não adianta a Seintrha  colocar 350 agentes de epidemiologia visitando as casas e estar com um batalhão de 1,5 mil agentes nas ruas se o vizinho deixar uma coisa ruim. Tudo que foi feito não vai valer a pena”, frisa Marquinhos.

Ele lembra que logo após as eleições se reuniu com o presidente da ACICG e disse que todos deveriam se unir e trabalhar por Campo Grande. “Ou nós nos tornamos um corpo, que se chama Campo Grande, ou vamos falecer lentamente. Ou se conscientiza que todos devemos nos unir, ou cada vez mais as pessoas vão querer sair de Campo Grande”, avalia.

O presidente da ACICG, João Carlos Polidoro, diz que a parceria entre empresários e prefeitura é a forma mais acertada de evitar uma epidemia. “A campanha é para contribuir com esse fardo pesado que a Prefeitura carrega e que socialmente é extremamente caro. Nós vivemos em um sistema de saúde que já está tomado. Não vai ter condições de atender uma demanda muito maior do que já tem. Nós precisamos fazer alguma coisa que diminua esta demanda. E essa demanda vai aumentar muito se a gente não fizer isso a partir de nossos núcleos empresariais”, conclui.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Ciência e Tecnologia e Agronegócio, Luiz Fernando Buainain, complementa lembrando que para chegar no dia de hoje (Lançamento da Campanha de Combate à Dengue) foram feitas várias reuniões com grupos de empresários, para pensar uma campanha que fosse moderna, que fosse de baixo custo e que pudesse minimizar o problema para toda a sociedade.

“Quando o prefeito esteve aqui, inteligentemente, já começamos a pensar na prevenção social, para não termos os números alarmantes que tivemos no último ano. Os empresários estão aptos a engajar em uma grande corrente por Campo Grande”, diz.

O secretário municipal de Saúde, Marcelo Vilela, finaliza contando que as atitudes já foram tomadas de uma maneira bastante automática, pois a preocupação já havia antes mesmo de ele assumir a pasta. “Entramos com uma equipe formada e as atitudes já foram tomadas. O combate ao mosquito aedes é importante, pois já passamos por situação de epidemia. Hoje temos situação de aumento dos casos, mas não epidemia”, conclui Vilela.