Alunos da Rede Municipal de Ensino (Reme) de Campo Grande, de cinco escolas participantes do projeto Abril Indígena, concorrem a um intercâmbio cultural no dia 10 de junho, para conhecer uma aldeia no município de Aquidauana, caso vençam o concurso proposto pela Prefeitura de Campo Grande, através da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

Serão duas escolas ganhadoras que terão até 30 de maio para encaminhar um vídeo à Suped (Superintendência de Políticas Educacionais), sobre o que foi ensinado nas palestras que começaram nesta sexta-feira (3), na Escola Municipal Frederico Soares, na Vila Popular.

O chefe da Divisão de Políticas Específicas, Felipe Augusto da Costa, explicou mais sobre o projeto Abril Indígena. “Esta temática é muito importante. Nós estamos levando para as nossas escolas, tanto da educação infantil quanto do ensino fundamental. Essas políticas têm que perpassar por todos os níveis das etapas da educação. As escolas neste momento estão abrindo as portas para que a gente leve esse conhecimento para os nossos alunos”.

A aluna Emanuele Pereira Fernandes, do 8º ano, é indígena e acredita que o projeto é muito importante para que todos os alunos possam conhecer mais sobre a sua cultura. “A maioria dos alunos aqui na escola pergunta sobre a minha cultura, tipo, quais são as comidas típicas, o que a gente mais usa, e a maioria das perguntas são a respeito à cultura indígena, eu acho muito importante para a escola. Eu tenho muito orgulho da minha nacionalidade”.

Pedro Henrique Flores, aluno do 7º ano, afirmou ser interessante conhecer mais sobre a cultura indígena. “Eu acho o projeto bem importante, valoriza bastante a cultura indígena, outras culturas, que tem que dar muita valorização. Eu acho que tem que ter mais essas coisas na escola, para os alunos aprenderem mais da cultura, eu acho bem importante mesmo”.

Segundo Amanda Maria Gonçalves de Matos, aluna do 9º ano, o projeto mostra algumas culturas que ainda não são valorizadas na sociedade. “Eu acho que ele tem extrema importância para trazer um pouco mais da cultura para dentro da escola, para os alunos que ainda não conhecem, para conhecer mais, para valorizar e também pelo respeito, que ainda não é tão respeitado quanto deveria”.

Uma das palestrantes, a professora indígena Kali Dias afirma que o projeto tem dois propósitos: o de levar conhecimentos sobre os saberes indígenas, mostrar para a escola, para os professores, para os pares que podem trabalhar esses saberes durante todo o ano por meio de todos os componentes curriculares.

O segundo é levar a proposição de um projeto cultural operacionalizado por meio das metodologias ativas de educação. “Então, após assistirem a palestra, os estudantes podem se inscrever nesse prêmio para concorrerem a uma viagem numa aldeia rural que já está nos esperando, já foi organizado. Então, eles vão fazer essa aula-passeio, vão conhecer como é a vida de estudantes que moram na aldeia, vão fazer um intercâmbio cultural”.

Homenagem

Na oportunidade, a professora Marina Marcos recebeu uma homenagem póstuma, pelos trabalhos dedicados à Reme. O prêmio cultural leva seu nome.

A mãe de Marina, a aposentada Olinda Marcos foi com o neto, Leonardo, filho de Marina, conferir a homenagem que a filha recebeu. “Ela só me deu orgulho em vida, cumpriu sua missão, deixou um pedaço dela conosco que é o Leonardo e partiu. Ela amava a profissão”.