Mariah Barros, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesau. (Foto: Diogo Gonçalves/PMCG)
Mariah Barros, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesau. (Foto: Diogo Gonçalves/PMCG)

A imunização contra a Influenza A H1N1 terá novas regras a partir deste ano em Campo Grande. Outra novidade é quanto à ampliação do chamado público alvo. O assunto foi tema de audiência pública realizada na manhã desta sexta-feira (03), na Câmara Municipal.

A coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Mariah Barros, lembrou que a campanha de vacinação contra a Influenza foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 1999, com o objetivo de reduzir internações, complicações e mortes da população idosa acima de 60 anos.

Mariah explicou que o País viveu uma pandemia da doença em 2010 e, a partir de então, o Ministério da Saúde estabeleceu a rotina de aplicação vacina trivalente (H1N1, H3N2 e Influenza B), com a inserção, na época, de novos grupos elegíveis (gestantes e crianças).

Conforme a coordenadora, a partir deste ano, por recomendação do Ministério da Saúde, foi feita a inclusão de professores do ensino regular (público e privado) e também de professores do ensino superior como um novo grupo a ser atendido durante a campanha de imunização que ocorre de 10 de Abril a19 de Maio.

A previsão é de que o chamado “Dia D”, quando ocorre uma grande mobilização para conscientizar e vacinar a população da imunização em todo País, ocorra no dia 06 de maio.

Outra mudança é quanto à extinção dos chamados postos volantes, ou da vacinação extramuro. “A vacina estará disponível somente nas 64 salas de vacinação e apenas no Dia D vamos usar uma unidade móvel para reforçar a imunização em um local pré-definido”, diz Mariah.

A coordenadora reitera que a medida é necessária para que haja um controle mais efetivo na vacinação, a fim de evitar problemas como o ocorrido no último ano, onde doses da vacina teriam supostamente sumido, o que, inclusive, motivou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pela Câmara Municipal.

“Nós não iremos mais vacinar em shoppings e mercados. Isso dificulta muito o registro desse núcleo e pode até perder o controle e nós queremos trabalhar com bastante cautela e transparência”, reforça.

O controle da vacinação também será mais rigoroso.  Para ser imunizado, os integrantes do grupo de risco terão que apresentar documento com foto. No caso de doentes crônicos, diabéticos e gestantes, por exemplo, haverá necessidade da apresentação também de um laudo médico.

Quem deve ser imunizado ?

Crianças de 6 meses a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias) ; Gestantes Puérperas (até 45 dias após o parto); Trabalhadores de Saúde; Povos indígenas ; Idosos com 60 anos ou mais de idade; Adolescentes de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas; População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional ; Portadores de doença crônica não transmissível e outras condições clínicas especiais (conforme indicação do Ministério da Saúde)e professores.

A quantidade de vacinas enviada para cada município é calculada baseando-se na população IBGE, de cada grupo elegível da campanha. A meta da Sesau é imunizar 90% do público alvo.

Audiência

A audiência pública contou com a presença da secretária adjunta de Saúde, Andressa De Lucca Bento, da superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Elaina Dalla Nora, vereadores da Comissão de Saúde da Casa de Leis e do deputado estadual Paulo Siufi (PMDB).