A primeira-dama de Campo Grande e presidente de honra do Fundo de Amparo à Comunidade (FAC), Tatiana Trad, e a vice-prefeita, Adriane Lopes, receberam nesta sexta-feira (27) um relatório das ações desenvolvidas durante uma semana pelos funcionários da Secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedesc). As ações integram a Liga Antimosquito de Combate à Dengue, lançada na semana passada pela Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), em parceria com a prefeitura e o Comper.

Quem entregou o documento foi o titular da Sedesc, Luiz Fernando Buainain, que já garantiu a continuidade das ações. “Essa ideia partiu dos próprios servidores e demais colaboradores da secretaria, que se colocaram à disposição para somar nessa campanha. Isso acabou animando todo mundo ao redor. Eles montaram a programação e, inclusive, criaram camisetas, por iniciativa própria. O resultado foi maravilhoso. Eles literalmente colocaram a mão na massa, recolhendo lixo, plantando, fabricando repelente e uma séria de atividades durante todos esses dias. Vamos seguir com as ações e queremos levar a ideia para os demais órgãos”, ressaltou o secretário.

Desde a última segunda-feira (23), o grupo da Sedesc percorreu prédios e praças públicas, principalmente no entorno do Paço Municipal, para fazer a limpeza, coletando o lixo descartado indevidamente, eliminando possíveis criadouros do mosquito. Os voluntários fizeram distribuição de folders e abordagens nas ruas, inclusive com a participação de artistas, para chamar atenção das pessoas sobre o perigo da proliferação do Aedes. Os servidores também ensinaram uma receita de repelente caseiro, com a distribuição do produto em alguns locais.

Outra iniciativa que merece destaque é a plantação da semente da Crotalária Juncea, uma espécia de planta que se adapta a qualquer habitat e atua como repelente natural contra o mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika vírus e chikungunya. O cultivo dessa espécie é mais um experimento a fim de acabar com a multiplicação do mosquito, já que todo método é bem vindo no combate a sua infestação.

A vice-prefeita comemorou a iniciativa. “Para nós é uma satisfação saber que os servidores estão dispostos a caminhar juntos com a prefeitura. Eles querem fazer a diferença na vida da população e essa foi uma maneira de começar, com gestos simples, como plantar uma semente, ou ensinar a fabricar um repelente caseiro. Gestos simples, mas que geram resultados gigantescos. Os servidores estão empenhados em resolver um problema que é de todos nós. Você já imaginou se cada cidadão tiver uma atitude igual a essa, como seria? Em pouco tempo teríamos a Campo Grande dos nossos sonhos”, disse Adriane.

Tatiana Trad fez coro às palavras da vice-prefeita e aproveitou a presença do grupo de servidores para agradecer pela atitude, que classificou como ‘louvável’. “A gente sente que toda a sociedade está cheia de esperança por dias melhores em nossa Capital, e a iniciativa desses servidores demonstra que eles carregam o mesmo espírito da nossa gestão: que tem o desejo de trabalhar em conjunto para somar forças e chegar aos resultados mais rápido. Sozinhos não fazemos nada. Precisamos de cada servidor, de cada cidadão, para tornar possível o nosso projeto de reconstrução de Campo Grande. E, saber dos resultados que os servidores da Sedesc conseguiram em apenas cinco dias, nos dá a certeza de que estamos no caminho certo. Essa atitude é louvável”, destacou a primeira-dama.

A parceria entre a prefeitura, a ACICG e a rede de Supermercados Comper visa diminuir o número de casos de dengue, zika vírus e chikungunya em Campo Grande, que dobraram no último ano.

Somente em 2016 foram notificadas 29 mil doenças provocadas pelo Aedes aegypti, sendo 28.437 casos de dengue, 243 de febre chikungunya e mais de 260 relacionados ao Zika vírus. Os números superaram e muito os 14.140 casos notificados pelo mosquito em 2015.

Diante desta situação, o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, aumentou o número dos carros fumacês de 3 para 6 e colocou 1,5 mil agentes comunitários nas ruas. Contudo, pondera que o mais importante é a ação coletiva de todos os campo-grandenses.