Os primeiros 100 dias da atual diretoria da Agência Municipal de Habitação de Campo Grande (Emha) indicam trabalho intenso em todos os setores da autarquia – do ajuste dos processos internos ao estabelecimento de novos projetos para habitação de interesse social na Capital.

De acordo com o diretor-presidente da Emha, Enéas Netto, as medidas de gestão adotadas logo no início do ano giram em torno da readequação e retomada dos projetos para beneficiar efetivamente a população.

“O segmento ficou paralisado, sem novos projetos habitacionais durante os últimos quatro anos. É preciso ressaltar também a importância da regularização fundiária, uma das grandes vertentes da nossa demanda e um compromisso que fizemos no início da gestão. Assumimos a Emha com a maior inadimplência de sua história: mais de 60 milhões de reais. Estamos trabalhando duro para reverter essa situação”, ponderou.

Mudanças e Resultados

Logo nos primeiros meses, a agência conseguiu enxugar os custos administrativos em até 50%. Três projetos de lei foram protocolados na Câmara para instituir o sorteio de casas em praça pública, regularização das dívidas dos mutuários (Programa Viver Bem Morena) e a regularização de titularidade de imóveis em Campo Grande.

Quanto às medidas mais urgentes tomadas, o reassentamento dos ex-moradores da Cidade de Deus é uma das prioridades da frente de trabalho da Emha.

“De um convênio cheio de vícios e irregularidades, conseguimos transformá-lo em um projeto que une moradia digna e capacitação profissional para essas famílias que há muito tempo sofrem sem que existisse uma ação efetiva na gestão passada. O prefeito Marcos Trad determinou que encontrássemos soluções inteligentes e, com o apoio do Governo do Estado, tudo está encaminhado para que esses moradores sejam atendidos o mais rápido possível”, ressaltou Enéas.

Dados

Novas unidades habitacionais estão previstas para a Capital. No total, 684 casas já foram pré-aprovadas pela Caixa Econômica Federal. Em desenvolvimento, ainda há o projeto da entrega de mais 1.500 casas.  Somam-se também, desde o início de 2017, 16 áreas fundiárias regularizadas em atendimento a 331 famílias que tanto aguardavam essa documentação.

Destaque também ao processo de entrega do Residencial Jardim Canguru, que está na fase final, para atender 272 beneficiários. Neste curto período da nova administração à frente da Emha foi possível iniciar as ações de fiscalização do Programa Minha Casa Minha Vida, a exemplo da constatação de irregularidades nos residenciais Celina Jallad 1 e 2.

No total, quase 10 mil cidadãos foram atendidos na sede da Emha nestes três primeiros meses do ano.