Os secretários Antônio Cezar Lacerda Alves (Governo e Relações Institucionais) e Luiz Fernando Buainain (Desenvolvimento Econômico e de Ciência e Tecnologia) acompanham a Expedição da Rota de Integração Latino-Americana (Rila), que desde a última sexta-feira (25) já percorreu mais de 3 mil quilômetros saindo de Mato Grosso do Sul, até Antofagasta, no Chile. O objetivo é verificar in loco as condições do novo corredor bioceânico, há anos projetado, para ligar o Brasil ao Oceano Pacífico.

Nas região pelas quais a comitiva passa acontecem as agendas oficiais com autoridades locais em cada país que integra o corredor. Essas agendas incluem rodadas de negócios com importadores e exportadores do Paraguai, Argentina e Chile, além das visitas técnicas aos terminais portuários.

O titular da Segov aproveitou as agendas em Loma Plata, Iquique e Calama para fazer uma exposição do cenário positivo da Capital e, como representante do município, fez questão de sustentar a importância da presença de Campo Grande (prefeitura e empresários) neste momento de luta pela implantação do corredor bioceânico e após a implantação do mesmo.

“Os nossos produtos, com o encurtamento da distância em mais de 8 mil quilômetros, e com a diminuição em mais de 10 dias de prazo na viagem, ficarão mais competitivos e os produtos que importaremos ficarão mais baratos. É importante também ressaltar que, com a criação do corredor, o Chile passará a fazer divisa com Brasil e, consequentemente, aumentaremos nosso território e de todos os países da América do Sul, só não faremos divisa com o Equador. O saldo da expedição já está sendo bastante positivo e, posso garantir que já estamos sentindo o vento da realização de um grande e antigo sonho batendo em nosso rosto”, ressalta Lacerda.

Desde o mês de junho, quando a prefeitura foi procurada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Estado de Mato Grosso do Sul (Setlog/MS), iniciou-se o projeto para incluir Campo Grande nessa Rota, cujo objetivo é buscar saídas para solucionar os problemas de transporte e logístico do Estado de Mato Grosso do Sul e da região Centro Oeste Brasileira.

“Trata-se de uma via para o pacífico que encurta em mais de oito mil quilômetros a viagem da nossa exportação para o mercado asiático e para costa oeste americana. Precisamos da efetivação desse projeto para que isso se torne realidade e nos permita dizer que o Brasil, que hoje só não faz divisa com dois países, o Chile e o Equador, possa romper essas trincheiras”, destaca o titular da Segov, que se mostra otimista com a concretização da rota.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística de MS – Setlog/MS, o transporte é, atualmente, um dos maiores gargalos da produção agropecuária.  A efetivação da RILA, com saída para o Pacífico permitirá a redução de cerca de 11 mil quilômetros de rota marítima feita atualmente pela saída do Pacífico com destino aos mercados da Ásia.

Atualmente, o Brasil gasta até 10 vezes mais do que os norte-americanos no transporte de soja até a China.