Implantado há um ano, o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos na modalidade remota da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) se transformou em referência para vários municípios do país, que buscam orientações quanto à implantação do trabalho, desenvolvido pelos profissionais da Gerência da Rede de Proteção Social Básica.

Antes da pandemia, o serviço era desenvolvido nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), Centros de Convivência e Centros de Convivência do Idoso (CCIs), por meio de ações socioeducativas, como rodas de conversa e dinâmicas em grupo.

Segundo a gerente da Rede de Proteção Básica, Gizeli Motta do Prado, o projeto está servindo de modelo para gestões de outros estados, que têm entrado em contato com a SAS em busca de orientações pontuais e esclarecimento de dúvidas quanto à execução do trabalho. Agora, a estratégia criada pelos técnicos do setor consiste no envio, aos usuários, de atividades via canais digitais, como grupos de WhatsApp e, em algumas situações, por meio de vídeo chamadas e ligações telefônicas.
“O objetivo do serviço é resgatar e fortalecer o vínculo dos usuários com a unidade que frequentavam antes da pandemia e estabelecer uma rede de apoio e proteção às pessoas em situação de isolamento, levando-se em conta as peculiaridades de cada núcleo familiar e os impactos do distanciamento social entre idosos e jovens, públicos-alvo das atividades”, destacou Gizeli.
Além disso, as propostas de atividade visam estimular o fortalecimento de vínculo familiar. Esta dinâmica chamou a atenção da coordenação da Proteção Social Básica da Secretaria de Desenvolvimento Social de Goiás (Sedes), que firmou uma parceria com os profissionais da SAS em Campo Grande, para compreender como vem ocorrendo a execução das atividades remotas. Por meio de videoconferência houve uma troca de experiências e a equipe da SAS detalhou as fases do trabalho implantado na Capital.
O resultado foi um convite para realizar uma capacitação e detalhar os roteiros dos projetos para profissionais da Assistência Social dos 246 municípios de Goiás. A reunião será neste mês de  maio e acontecerá por videoconferência com a participação de equipes dos Cras goianos.
Abordagem humana
A coordenadora da Proteção Social Básica da Sedes de Goiás, Maria Donizete de Jesus Soares, explicou que descobriu o projeto da SAS pesquisando na internet. “Encontrei a postagem no site da prefeitura, li o material e divulguei para a equipe, que aprovou as sugestões. O que me chamou a atenção foi a abordagem humana do projeto junto às equipes dos Cras, o planejamento, as sugestões de atividades e a didática que é utilizada com as equipes para que as atividades cheguem às famílias pelos meios digitais”, ressaltou a coordenadora.

O objetivo da coordenadora é utilizar os roteiros do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos desenvolvidos pela SAS como modelo para sugerir ideias aos técnicos goianos. “Vamos realizar estudos para ver como podemos adaptar os projetos para a realidade do nosso estado. Neste primeiro momento queremos despertar o interesse de nossas equipes sobre a oferta do serviço na modalidade remota”, pontuou.

Para o secretário municipal de Assistência Social, José Mário Antunes da Silva, a capacidade de recriar ações tem sido o diferencial da gestão. “O reconhecimento de nossos serviços nos enche de orgulho e mostra que estamos no caminho certo. É uma gestão que busca inovar cada vez mais, principalmente nessa época tão difícil que estamos passando, pois tivemos que nos adaptar e reinventar nossas atividades para buscar a melhor forma de atender às famílias em vulnerabilidade social em nossos equipamentos”, afirmou.

A Superintendente de Proteção Social Básica da SAS, Inês Mongenot, disse que a visibilidade do trabalho desenvolvido em Campo Grande revela o empenho e o envolvimento da equipe frente aos desafios impostos pela pandemia. “Esse interesse mostra a relevância, ineditismo e o impacto social desse trabalho executado pela equipe da Gerência da Rede de Proteção Social Básica, além dos coordenadores e técnicos dos Cras, que têm feito a diferença nesse momento de mudanças. É muito gratificante saber que criamos um trabalho diferenciado a ponto de sermos modelo para o Estado de Goiás, o que mostra que temos atendido aos preceitos estabelecidos nas legislações no âmbito das políticas pública”, concluiu Inês.