Profissionais da Gerência da Rede de Proteção Social Básica da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) de Campo Grande realizaram, nesta quarta-feira (19), uma capacitação para técnicos e coordenadores de Centros de Referência de Assistência Social (Cras) dos estados de Goiás e do Tocantins.

O encontro ocorreu de forma virtual e foi organizado pela coordenação da Proteção Social Básica da Secretaria de Desenvolvimento Social de Goiás (Sedes). O foco foi o  Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) na modalidade remota, desenvolvido pela SAS e que vem sendo realizado pela equipe da Proteção Social Básica desde o início da pandemia.

O trabalho foi descoberto pela equipe goiana por meio de buscas na internet e se tornou referência para a construção de um projeto que possa ser implantado no estado, obedecendo a realidade local. Pelo menos 500 profissionais de mais de 40 municípios goianos participaram da reunião.

O secretário municipal de Assistência Social de Campo Grande, José Mário Antunes da Silva, participou da abertura e agradeceu a oportunidade concedida aos técnicos da SAS para relatar o trabalho desenvolvido na Capital. “Neste período de pandemia precisamos estar atentos às inovações tecnológicas para adequar nosso atendimento e reinventar nossas ações para atender da melhor forma a população mais vulnerável”, frisou.

Segundo a gerente da Rede de Proteção Básica, Gizeli Motta do Prado, com a suspensão das atividades presenciais e a necessidade de manter o distanciamento social, houve a necessidade de repensar as formas da oferta do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos nas unidades da Rede de Proteção Social Básica.

Com isso, a equipe elaborou o Roteiro do SCFV Remoto, para atendimento via WhatsApp e o Roteiro Contato Telefônico. Já para os usuários que têm dificuldade em acessar o serviço por telefone, foi criado o Projeto VincuLar, que deverá ser realizado em alusão às datas comemorativas.

O projeto propõe um encontro presencial em formato semelhante ao drive-thru, para ser aplicado na residência do usuário ou na unidade, desde que sejam respeitadas as recomendações de biossegurança. O objetivo é garantir que os usuários que não estão participando do SCFV Remoto possam ter um breve reencontro, na unidade ou na sua residência.

Abertura

Durante a capacitação, as técnicas da SAS, Larissa Teixeira e Denise da Silva, explicaram os detalhes dos roteiros e abordaram os tipos de atividades que os profissionais dos Cras estão desenvolvendo via canais digitais para resgatar e fortalecer o vínculo dos usuários com a unidade que frequentavam antes da pandemia e estabelecer uma rede de apoio e proteção às pessoas em situação de isolamento social.

Os técnicos participantes puderam esclarecer dúvidas quanto a aplicação dos roteiros e elogiaram a iniciativa da SAS. Para a Analista de Políticas de Assistência Social da Secretaria de Estado de Assistência Social de Goiás, Luzenir Pires, este primeiro encontro abriu portas para novas trocas de experiências.

“A abertura deste diálogo é fundamental para iniciarmos nossa caminhada na construção de um projeto. Agradecemos muito a disponibilidade da equipe em trocar experiências e contribuir com outros profissionais na construção teórica e metodológica de uma nova realidade”, ressaltou Luzenir. Na opinião da técnica, a equipe da SAS conseguiu, por meio de uma abordagem objetiva, traduzir para a modalidade remota, a essência do Serviço de Fortalecimento de Vínculo Familiar.

“Estamos dentro de uma política pública e as boas experiências devem ser compartilhadas, por isso é gratificante dividir essa experiência com outros profissionais “, concluiu Gizeli.