126 anos: Vigilância Sanitária de Campo Grande entra em nova fase com ações educativas e propostas de modernização

No mês em que Campo Grande celebra 126 anos, a Vigilância Sanitária do município celebra uma nova fase de atuação, marcada pela aproximação com o setor produtivo e a população, além da busca por mais eficiência e inovação. Durante evento realizado nesta sexta-feira (8), na sede do Sebrae, foram apresentadas as diretrizes dessa transformação, que inclui ações educativas, parcerias institucionais e propostas de mudança na legislação sanitária.
A campanha “Churrasco Seguro”, realizada nesta semana, foi um dos destaques da nova abordagem da Vigilância Sanitária. A ação fiscalizou 20 açougues da capital, de forma orientativa, com foco em garantir boas práticas sanitárias na véspera do Dia dos Pais. Nenhuma multa foi aplicada, reforçando o caráter educativo da operação.
A prefeita Adriane Lopes participou da abertura do evento e destacou a importância da vigilância como pilar da saúde pública. “Hoje estamos propondo uma nova forma de atuar. A proposta é inovar, propor um modelo que traga resolutividade, sem sobrecarregar os auditores fiscais. A cidade cresceu, e os serviços precisam acompanhar esse crescimento”.
Entre as propostas anunciadas pela prefeita está a criação de uma nova categoria de classificação de risco sanitário, o médio risco declaratório. A medida permitiria que estabelecimentos de menor complexidade fizessem uma autodeclaração online, com posterior verificação pelos auditores, agilizando o processo de abertura de empresas e aliviando a carga de trabalho dos fiscais.
A coordenadora da Vigilância Sanitária de Campo Grande, Renata Sanches, reforçou o foco em empoderar o cidadão e fortalecer parcerias. “O cidadão precisa entender que ele também faz parte da vigilância. Estamos promovendo campanhas educativas e buscando o diálogo com todos os setores para garantir uma cidade mais segura e saudável”.
A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, lembrou que o trabalho da vigilância, muitas vezes, se torna invisível para a população, mas se torna essencial para a saúde coletiva. “Para o setor produtivo, às vezes, receber um fiscal se torna algo difícil, mas é importante entender que a prevenção é o principal objetivo. E fico feliz em ver que a população tem reconhecido isso, reconhecido o trabalho destes profissionais tão importante para a saúde pública”, disse, ao citar comentários positivos que vê ao ser publicada em redes sociais sobre ações da pasta.
Representando a Secretária Municipal de Saúde, Rosana Leite, o secretário-adjunto Aldecir Dutra também destacou a evolução da vigilância nos últimos meses. “Saímos de um modelo exclusivamente fiscalizador para um modelo que orienta, que educa. E isso tem dado certo. Foram mais de 5 mil fiscalizações no primeiro semestre e um número reduzido de infrações, graças ao trabalho preventivo”.
O evento contou ainda com a presença do diretor de operações do Sebrae, Tito Estanqueiro, que reafirmou o compromisso da instituição com o desenvolvimento sustentável e legal dos pequenos negócios. “A vigilância é parte fundamental do empreendedorismo responsável. Essa parceria com a Prefeitura é essencial”.
A promotora de Justiça, Jiskia Sandri Trentin, do Ministério Público Estadual, elogiou o trabalho dos auditores e destacou a colaboração entre instituições. “Sempre que chamamos a Vigilância Sanitária, eles estiveram presentes. Os relatórios são detalhados e contribuem imensamente com o nosso trabalho”.
Também representando o Governo do Estado, o coordenador da Vigilância Sanitária Estadual, Carlos Alberto Nunes, ressaltou a importância da integração entre os entes federativos. “O Estado atua como facilitador e apoiador técnico dos municípios. Juntos, fortalecemos as políticas públicas de saúde”.
A nova fase da Vigilância Sanitária de Campo Grande representa um avanço não apenas técnico, mas também de mentalidade: menos burocracia, mais tecnologia, diálogo com os empreendedores e foco na saúde preventiva. Um passo importante para uma cidade que cresce, mas que não abre mão da qualidade de vida e da segurança sanitária para sua população.