Evidências científicas referentes ao impacto da suplementação com vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade apontam para redução do risco global de morte em 24%, de mortalidade por diarreia em 28% e mortalidade por todas as causas, em crianças HIV positivo, em 45%. Em Campo Grande, as unidades básicas de saúde executam as estratégias do  Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A instituído pelo Ministério da Saúde e buscam alternativas para potencializar este trabalho através das chamadas ações extramuro voltadas a áreas de maior vulnerabilidade.

É o caso da comunidade indígena Marçal de Souza – região leste de Campo Grande – onde a equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) Tiradentes faz um trabalho especifico voltado às crianças de até 4 anos e 8 meses.

Segundo a gerente do Distrito Leste, ao qual a unidade faz parte,  Deisi Weiler Ceballos, tal ação e extremamente efetiva uma vez que existe baixa adesão por parte da comunidade na busca pelo atendimento na unidade de saúde.

“Desta forma é possível atingir essa população de uma maneira mais efetiva e trabalhar com a prevenção principalmente voltada às crianças”, ponderou.

Cerca de 30 crianças foram atendidas durante a ação realizada na última terça-feira, dia 10, pela enfermeira da UBS Tiradentes com auxílio dos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs).

Importância da suplementação

A deficiência de vitamina A é considerada uma das mais importantes deficiências nutricionais dos países em desenvolvimento, sendo a principal causa de cegueira evitável.

A vitamina é oferecida em cápsulas de 100.000 UI (Unidades Internacionais) para crianças de 6 a 11 meses de idade e de 200.000 UI para crianças de 12 meses a menores de 5 anos de idade. Essas doses, administradas por via oral, são suficientes para garantir uma boa reserva hepática de vitamina A, por um período médio de 6 meses, quando, então, a criança deve receber nova suplementação.

De acordo com o Ministério da Saúde, evidências acerca do impacto da suplementação com vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade apontam uma redução do risco global de morte em 24%, de mortalidade por diarreia em 28% e de mortalidade por todas as causas, em crianças HIV positivo, em 45%.