Estudo divulgado pelo Ministério da Saúde no meio de abril revela que Campo Grande é a segunda capital do País com maior índice de pessoas com excesso de peso. Os dados indicam que 58% dos entrevistados estão pesando acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde.

Diante de dados tão preocupante, o diretor-presidente da Fundação Municipal de Esportes (Funesp), Rodrigo Terra, usou a tribuna  da Câmara Municipal para falar sobre a importância do debate sobre elaboração do Sistema Municipal de Esporte e Lazer que acontecerá dia no dia 8 de maio, na Câmara dos Vereadores.

Rodrigo Terra iniciou sua fala enfatizando o alto índice de obesos na Capital e como o Sistema Municipal de Esporte e Lazer pode contribuir para esta mudança. “Quando nos deparamos com uma pesquisa que traz Campo Grande em 2º lugar no número de pessoas acima do peso, isso nos preocupa. É hora de refletir e redefinir as políticas de esporte e lazer. Definir qual a função do município, qual é do estado e qual é o da União, para que não façamos todos as mesmas coisas”.

De acordo com o diretor, o sistema define mecanismos de gestão pública que facilitam e dão direção à política do setor. “Vamos começar quase tudo do zero, o Conselho, o Plano, o Fórum e a Conferência nunca existiram. Precisamos discutir e elaborar um planejamento que sempre foi da cabeça de quem estava na direção da Funesp. O único que não começa do zero é o famoso FAE – Fundo de Apoio ao Esporte que precisa ser rediscutido, principalmente para onde serão destinados esses recursos”.

Após sua fala, 18 vereadores complementaram a importância do seminário. “Precisamos criar mecanismos em conjunto para atrair e desenvolver este setor”, afirmou Eduardo Romero.

Já Ayrton Araújo destacou a importância do debate para melhorar a qualidade de vida de crianças, adultos e idosos da Capital. “A Câmara vai estar ao lado de ideias boas que favoreçam a população”, disse.

O vereador Delegado Wellington citou a importância da criação do sistema, que vem ao encontro com o sistema de segurança pública. “No cenário de criminalidade em que vivemos, trabalhar com a valorização do esporte é extremamente importante, ele irá funcionar como mecanismo para tirar o jovem marginalizado das ruas e inibir o uso das drogas”.

Dados de obesidade

Os resultados integram a Pesquisa da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), realizada por telefone com 53.210 pessoas com mais de 18 anos nas capitais brasileiras, entre fevereiro e dezembro de 2016.

O estudo teve como base o IMC (Índice de Massa Corporal) dos entrevistados, calculado por meio de uma conta que divide o peso da pessoa pela altura elevada ao quadrado. Considera-se excesso de peso, quando o índice é igual ou maior que 25 kg/m² e obesidade, quando ultrapassa os 30 kg/m².