Reunião realizada nesta sexta-feira (23) na Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e de Ciência e Tecnologia) definiu metas para retomada de parceria entre a Prefeitura Municipal e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) visando desenvolvimento de projetos voltados para aumento de produção agropecuária e melhoria da renda familiar de Campo Grande.

A discussão técnica analisou projetos viáveis para a realização da parceria, com o foco no projeto denominado Renda no Pasto, cujo objetivo principal é implantar o sistema de produção a pasto, por meio de manejo e recuperação de pastagem em propriedades rurais de agricultura familiar, criando condições para aumento da produção de leite e para produção de bezerros para recria de corte, com melhoria da renda familiar e ampliação da capacidade de fornecimento de matéria prima demandada pelos laticínios locais.

“Considerando que a degradação das pastagens é um problema muito presente no município de Campo Grande, tornando essas pastagens produtivas conseguimos ter um aumento na produção de leite e outros produtos feitos a pasto e, com isso, aumentar a renda dos produtores, desenvolvendo o município”, declara Haroldo Pires de Queiroz, difusor de tecnologia da Embrapa. Ele pondera que a proposta do projeto é recuperar as pastagens e manejá-las corretamente com manejo rotacionado e intensivo.

“Apesar de estarmos vivendo um tempo difícil com a pandemia, não podemos parar. E agora a Sedesc entende que estamos no momento propício para retomada da parceria com a Embrapa”, disse Mara Bethânia, secretária adjunta da Sedesc.

Sobre o Projeto

Como objetivos específicos o projeto Renda no Pasto prevê: identificação e seleção de produtores familiares para participar do projeto; capacitação dos produtores nas tecnologias para recuperação e manejo de pastagens; recuperação das pastagens degradadas (até 10ha por produtor); acompanhamento dos resultados obtidos por estas famílias. No diagnóstico inicial serão definidas entre 10 e 20 famílias de produtores rurais que participarão inicialmente do projeto.

Pelo projeto Renda no Pasto há a necessidade de três anos. No primeiro ano é feito o diagnóstico das propriedades pela equipe da Sedesc; no segundo ano são apresentados resultados obtidos no primeiro ano e ao final do terceiro ano pode ser obtido o resultado da adoção do programa no âmbito do município. “Com todas as cautelas, a segurança do distanciamento e uso das medidas sanitárias corretas teremos plenas condições de implantar o projeto mesmo durante a pandemia”, completa o agrônomo Haroldo Pires de Queiroz, destacando ainda que o agro não para porque já adota um distanciamento natural.

A próxima reunião entre Sedesc e Embrapa deverá ocorrer na primeira semana de maio, após contatos iniciais com produtores rurais. Além do Renda no Pasto, a Embrapa poderá transferir tecnologia,  apoiando outros programas voltados para capacitação de técnicos e produtores, com objetivo de melhoria na produção e aumento da renda familiar.