Com a pandemia e o medo de aglomerações, as cidades precisam oferecer ambientes mais amplos, que garantam mais segurança, não apenas física, mas emocional. Seguindo essa lógica, está a valorização dos espaços públicos, justamente o foco do Programa Reviva Campo Grande. A grande questão é identificar como essa infraestrutura pode beneficiar a configuração das cidades, a mobilidade urbana e, consequentemente, a vida de todos.

“Demos o primeiro passo com a pedestrianização da Rua 14 de Julho, priorizando o pedestre em detrimento dos veículos, e para isso, alargamos calçadas, instalamos um mobiliário urbano, garantimos um ‘caminhar’ mais acessível, agradável e confortável. A evolução das cidades passa por isso e, com a requalificação do microcentro, vamos ampliar essa proposta”, explica Catiana Sabadin, subsecretária de Gestão e Projetos Estratégicos da Prefeitura Municipal e coordenadora do Reviva.

Afinal, o que as administrações públicas aprendem com a pandemia, do ponto de vista da Mobilidade Urbana? Como deixar as cidades mais “habitáveis” para os cidadãos? Para a diretora-presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), Berenice Maria Jacob Domingues, as administrações aprendem a buscar alternativas e se reinventar para diminuir os impactos causados pela pandemia. “Fazemos isso buscando alternativas de outros modais”.

Um desses modais utiliza a bicicleta como transporte, por exemplo, observando a crescente demanda por melhorias em calçadas e ciclovias em decorrência da pandemia e a busca por espaços amplos e ao ar livre. Pelo Reviva, somando-se às calçadas mais acessíveis, Campo Grande terá mais 30km de ciclovias, além dos 90 existentes.