Com a proposta de atender alunos que apresentam transtornos que prejudicam a sua aprendizagem, a Semed lança nesta quarta-feira (1º), o Grupo de Atendimento Psicopedagógico (Grupo Gapsi). O projeto é desenvolvido pela Superintendência das Políticas Educacionais, por meio da Divisão de Educação Especial.

De acordo com a chefe da DEE, Lizabete Coutinho, a ideia de criar o grupo surgiu da necessidade de atender os alunos da rede que têm transtornos diversos, como déficit de atenção, dislexia (que é caracterizada pela dificuldade de leitura e afeta a pessoa em diferentes níveis) e a discalculia (distúrbio de aprendizagem caracterizado pela dificuldade em desempenhar  tarefas ligadas a todo tipo de  operação matemática, incluindo a compreensão básica de conceitos numéricos).

WhatsApp Image 2018-07-31 at 10.56.45“Apesar de não serem público-alvo da educação especial, temos uma preocupação em oferecer um atendimento qualificado a todos os alunos da Rede e as crianças que apresentam algum transtorno necessitam de auxílio para que possam se desenvolver em todos os aspectos psicológicos, sociais, afetivos e acadêmicos”, diz Lizabete.

Até a criação do Gapsi, esses alunos eram atendidos pelo Centro de Especialidades Infantis da Secretaria Municipal de Saúde, porém devido ao número expressivo de alunos da Reme que apresentam dificuldade de aprendizagem e por se tratar de uma questão pedagógica, a Semed optou pela criação do grupo.

“Se essas crianças não tiverem apoio dificilmente irão progredir na aprendizagem e podem até ser reprovados. Transtornos não são permanentes como as deficiências. Vamos dar suporte para que esses alunos superem suas dificuldades”, explica Lizabete.

Dinâmica

O projeto visa estabelecer ações integradas para diminuir a evasão escolar e contribuir por meio de uma dinâmica interativa com o desenvolvimento e aprendizagem desses alunos, através de uma perspectiva acolhedora que culminará na melhoria da qualidade na educação. Para desenvolver o projeto, foram criados polos de atendimento em sete regiões da cidade, que funcionarão nas escolas Padre Heitor Castoldi, Sulivan Silvestre, Alcídio Pimentel, Desembargador Carlos Garcia de Queiroz, Dr. Eduardo Olímpio Machado, Consulesa Macksoud Trad e Maestro João Correa Ribeiro.

Caberá aos sete psicopedagogos que participam do projeto, desenvolver estratégias de intervenção, adequando sua ação e identificando a forma como cada aluno aprende, respeitando suas necessidades individuais. Os atendimentos acontecerão duas vezes por semana, com duração de 1h30, o que, segundo Lizabete, deve garantir uma progressão pedagógica rápida aos alunos atendidos.

Os profissionais que irão atuar no Gapsi são professores da Reme, aprovados em concurso e que também passaram por processo seletivo interno. Além disso, foi exigido especialização em curso de pós-graduação em Psicopedagogia Institucional ou clínica.

De acordo com Lizabete, dois mil, dos 100 mil alunos da Rede já foram encaminhados para atendimento através dos profissionais que atuam nas escolas, porém, esses alunos ainda serão avaliados pelos psicopedagogos.

“Já percebemos que alguns alunos sabem ler, nesses casos, a equipe da escola será chamada para que o pisicopedagogo passe as orientações necessárias sobre como proceder com o aluno. Serão selecionados para o projeto apenas os que tem nível maior de dificuldade”, afirma Lizabete.

Ainda conforme a técnica, parceria com a Sesau vai garantir atendimento aos alunos que necessitem de profissionais como psicólogos ou fonoaudiólogos. O avanço escolar dos alunos será verificado por meio de relatórios e registros escritos.