Dados da Federação Brasileira de Bancos – Febraban mostram que desde o início da pandemia da Covid-19 as tentativas de golpes financeiros contra idosos aumentaram cerca de 60%. A maior parte dessas ações incluíram pedidos para que os correntistas idosos fornecessem dados pessoais e senhas para os estelionatários.

Também cresceu o número de envio de e-mails falsos e o chamado golpe do motoboy, no qual após o falso contato telefônico do banco relatando a clonagem do cliente, um motoqueiro vai até a residência da pessoa e recolhe o cartão, consumando, portanto, um golpe contra idosos.

Diante disso, o Procon Municipal desenvolveu um projeto com o núcleo de educação financeira, pelo qual oferece palestras para alertar o consumidor idoso sobre os golpes que podem prejudicar suas finanças.

Nessa quinta-feira (25) e sexta-feira (26), o órgão promoveu palestras sobre o tema para idosos do Projeto A.T.O, no Bairro Lageado e Projeto Terceira Idade Ativa, nas Moreninhas. A palestra foi ministrada pelo economista do Procon Municipal, Carlos Alberto Rena Júnior.

“Eu gostei muito dessa palestra, foi muito bom esse alerta para que possamos ficar atentos aos golpes que estão existindo. São muitas ligações no celular da gente e muitas mensagens que a gente recebe. Eu nunca cai em golpe, mas muitas pessoas já estão fazendo empréstimo consignado. Meu ex-marido teve um tempo que nem salário ele recebia, vinha R$ 360,00 de quase R$ 2.000,00”, relata Natália Rodrigues Trindade, de 68 anos, e pensionista do Loas.

Além de levar as palestras até o público idoso, o Procon Municipal de Campo Grande atende com projeto de “Atendimento ao Superendividado”, presencialmente na Avenida Afonso Pena, 3.128. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 07:30 às 11h e das 13h às 17:30. Mais informações pelo número 2020-1231.

“Levar esse conhecimento até a terceira idade é fundamental, muitos moram sozinhos, não têm alguém da família, ou uma pessoa de confiança que o ajude nas questões financeiras, isso os torna vulneráveis a golpes. Principalmente por pessoas que sabem se expressar bem e, por vezes, o idoso que não está atento a essa ‘onda’ de golpes acaba passando informações pessoais por ligação que supostamente é de Banco, número de cartão, senhas que são anotadas em papéis para não esquecer, nos caixas eletrônicos aceitam ajuda de estranhos e, consequentemente o golpista se aproveita da idade da pessoa para aplicar o golpe.”, comentou o subsecretário do Procon Municipal, Cleiton Thiago.