Durante a prestação de contas, a administração municipal fez um comparativo dos recursos que o município recebe – receitas – com a folha de pagamento, demonstrando que a série de leis e decretos aprovados em 2012 deixou a situação financeira da administração complicada, uma vez que elevou o índice de comprometimento do orçamento municipal com as despesas com pessoal.Do aumento dos salários de vereadores e prefeito, ao aumento da contribuição patronal, passando pela lei do magistério, seis leis complementares, decretos e decretos legislativos que aumentaram as despesas com pessoal foram sancionadas em 2012, passando a valer em 2013, sem que houvesse previsão do aumento das receitas no orçamento do município.Em 2012, havia cerca de 19 mil servidores na prefeitura de Campo Grande e cerca de 42% do orçamento do município era utilizado para pagamento e encargos sociais. Em 2016, o número de servidores aumentou apenas em 4 mil funcionários, devido principalmente ao aumento de vagas em unidades de saúde e educação, mas, com as alterações na legislação aumentando as despesas, o comprometimento do orçamento passou para mais de 61%.
Do orçamento destinado a pasta da saúde em 2012, 43,02% correspondiam ao pagamento dos salários. Em outubro de 2016, o percentual subiu para 49,77%. Já em relação ao orçamento da educação, o aumento com a folha de pagamento foi bem mais significativo, de 63,49%, em 2012, passou para 79,13% em outubro de 2016, conforme demonstrado nos gráficos.