O serviço de mototaxi em Campo Grande ganha transparência e confiabilidade a partir desta semana. O uso do motocímetro passa a ser obrigatório e vai igualar as condições de preço e serviço para todos os trabalhadores do setor. Os mototaxistas vão ter 180 dias para instalar o aparelho sob pena de suspensão do alvará de serviço.

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Foto: Mário Abdo

Em solenidade nesta segunda-feira (13), o prefeito de Campo Grande assinou o Decreto de Lei que dispõe sobre o uso obrigatório do motocímetro para todos os motataxistas da Capital. O aparelho vai calcular o custo do serviço com base em quilômetros percorridos e permitirá ao usuário a segurança no valor cobrado.

Pioneira na regulamentação, assim como no serviço, há cerca de 20 anos, Campo Grande sai à frente, mais uma vez, trazendo para os consumidores campo-grandenses a confiança que faltava no setor.

“De tanto os consumidores serem enganados, serem tapeados, surgiu o Código de Defesa do Consumidor. E assim também surgiu esse Decreto de Lei, para que não haja mais disparidades na cobrança das corridas. Não pode um cobrar um valor e outro cobrar o dobro”, afirmou o prefeito Marquinhos Trad.

Para o prefeito, o uso do equipamento vai acabar de uma vez por todas com as desconfianças. “Damos um salto a frente, mas vamos continuar progredindo. Temos que nos unir para oferecer coletes novos. Padronizar sapatos, para que todos possam estar uniformizados”, completou Marquinhos.

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Jefferson Figueiredo, da Sufab; Nilton Pinto Rodrigues, do Inmetro; e Dorvair Boaventura, do Sindicato dos Mototaxistas.

Nilton Pinto Rodrigues, do Inmetro

Presidente do Sindicato dos Mototaxistas, Dorvair Boaventura, revelou que a categoria está há dois anos aguardando pela regulamentação. “Estamos na expectativa há dois anos. Somos 750 trabalhadores, que se revezam em 490 motos, aguardando por essa regulamentação. Queremos dar autoestima aos trabalhadores e confiança aos usuários que usam nossos serviços”, salientou.

Para o subsecretário de Proteção e Defesa do Consumidor, Valdir Custódio, a regulamentação dará legitimidade e transparência ao serviço. “Vamos trazer transparência para o serviço e para a sociedade de Campo Grande”, afirmou.

Já o diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Janine de Lima Bruno, lembrou que a lei já exigia o uso do motocímetro, mas por não haver o aparelho no mercado, houve a demora da regulamentação. “O que não existia era o equipamento. Algumas empresas se uniram e desenvolveram o aparelho. Com isso, podemos exigir o uso e trazer confiabilidade ao passageiro. A partir de agora vai estar registrado”, salientou.

Diretor da empresa Sufab, que vai fabricar os equipamentos, Jefferson Figueiredo, explicou que foram quatro anos de desenvolvimento até se chegar ao aparelho homologado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). “Demorou para estar pronto e para ser industrializado porque este aparelho passou por inúmeros testes até que tivesse a liberação do Inmetro”, pontuou.

Já Nilton Pinto Rodrigues, do Inmetro, enfatizou o pioneirismo no uso do equipamento. “Campo Grande será a primeira capital do país a usar esse equipamento. Um aparelho que vai poder cobrar do consumidor o que deve ser cobrado”, salientou.