A lei que institui o “Programa Dignidade Menstrual” no município de Campo Grande foi sancionada na tarde desta quinta-feira (26). O texto que será publicado no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) prevê a implantação do programa na Rede Municipal de Ensino (Reme). O objetivo é distribuir absorventes higiênicos descartáveis para as estudantes em situação de vulnerabilidade social, para garantir que elas continuem frequentando as aulas. A ação faz parte da comemoração dos 122 anos de Campo Grande

“Com esta lei garantimos que as alunas continuem frequentando a aula, mesmo no período menstrual, o que para algumas era um desafio. Estamos atuando para garantir que as pessoas em situação de vulnerabilidade tenham seus direitos garantidos, possam se cuidar enquanto mulheres”, afirmou a vice-prefeita Adriane Lopes.

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) vai atuar com orientações nas unidades escolares, além da distribuição dos absorventes e acompanhamento da frequência das estudantes. Também cabe à pasta orientar as escolas para que promovam rodas de conversas e outras formas de diálogo para conscientização sobre os cuidados com a saúde, bem como o acompanhamento das estudantes para evitar evasão escolar por conta de situações envolvendo o período menstrual.

“É um projeto que busca dar dignidade para as mulheres em situação de vulnerabilidade, especialmente as adolescentes na fase escolar. O acesso ao absorvente higiênico é essencial e necessário. A dignidade menstrual é um assunto de extrema importância e que é tratado de forma global. Aqui em Campo Grande, graças a atuação da vereadora Camila Jara que teve este olhar de cuidado, saímos na frente e estamos atendendo nossas alunas que necessitam”, afirmou Tatiana Trad, primeira-dama e presidente do Comitê Gestor do Fundo de Apoio à Comunidade (FAC).

“Estamos comemorando que Campo Grande dá este passo rumo a igualdade, para que as pessoas com útero tenham qualidade de vida no período menstrual. Encontramos apoio para formalizar este projeto junto a Prefeitura e também na Câmara Municipal e por isso eu agradeço”, afirmou a vereadora Camila Jara.

Para a secretária municipal de Educação, Elza Fernandes, o projeto vai agregar o que já ocorre nas unidades escolares. “É um projeto de grande importância para as nossas jovens alunas. Parabenizo pela sensibilidade e o atendimento para as pessoas que realmente precisam. Muitas vezes as famílias não dispõem de recursos para comprar o absorvente, podemos pensar que é algo simples, mas para muitas meninas é algo inacessível e vamos possibilitar qualidade para que ela frequente a aula e tenha uma vida normal, como deve ser”.

“Esta lei vai possibilitar que as alunas consigam frequentar as aulas no período menstrual, e mais, dar a elas a possibilidade de se cuidarem. A menstruação pode deixar de ser um tabu social e econômico”, afirmou a subsecretária municipal de Políticas para Mulher, Carla Stephanini.