Programa inovador é 100% subsidiado com recursos próprios do município e atende às famílias em situação de vulnerabilidade na Capital

Quase 200 famílias que integram as comunidades carentes da Aguadinha (Bairro Noroeste) e Só por Deus (Centro-Oeste), recebem, a partir desta quinta-feira (9) os cartões do Credihabita, programa criado pela Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Amhasf), para viabilizar a construção de casas novas de alvenaria, após o processo de regularização dos lotes individualizados.

O Credihabita é uma modalidade inovadora de auxílio habitacional que oferece kits de materiais de construção e contratação de Assistência Técnica Especializada em Habitação de Interesse Social (ATHIS) com prestações sociais e prazo de pagamento de até 300 meses.

João de Souza Barreto, morador da comunidade Aguadinha, é pai de 5 filhos e fala sobre a gratidão em receber o benefício. “Muito bom! Nós não temos condições de construir. Nestes tempos de pandemia o serviço está difícil, tudo está difícil, e esta é uma ajuda muito boa da Prefeitura. Todos merecem ter uma moradia digna, uma casinha para morar, uma casinha de alvenaria”, afirmou.

Presidente da Associação de Moradores da Comunidade Aguadinha, Leliane Pereira de Barros, é mãe de 4 filhos. “Estou muito feliz, a expectativa é muito grande, sempre sonhei em ter a casa própria. nós fomos realocados para cá já faz 2 anos, e agora, conseguir esse kit moradia é uma grande benção de Deus. Só temos a agradecer ao prefeito”, disse.

Profissionais das áreas de engenharia e arquitetura, disponibilizados pela Prefeitura de Campo Grande, irão constituir os projetos arquitetônicos de cada moradia e também farão o acompanhamento técnico in loco para a implantação e adequação do projeto específico para cada unidade.

O prefeito Marquinhos Trad falou da importância do projeto. “Acabamos de entregar aqui na Comunidade Aguadinha o Credihabita. são R$ 25 mil para cada família que viviam em situação vulnerável, correndo risco, edificar a sua moradia com dignidade”, frisou.

Vida nova para os moradores da Aguadinha

Mais de 100 famílias, que habitavam a antiga favela do Linhão de maneira insalubre, foram reassentadas pela Prefeitura em nova área localizada na Região do Prosa em agosto de 2020. Antes, no Linhão, o local oferecia risco à integridade física dos moradores, já que permaneciam sob fios de alta tensão elétrica (na Avenida Marechal Mallet).

O diretor de Atendimento, Administração e Finanças da Amhasf, Cláudio Marques Costa Junior, explica como foi o processo de reassentamento da comunidade. “Nós identificamos uma área adequada, fizemos o parcelamento dentro dos parâmetros legais e as 107 famílias já possuem as suas matrículas individualizadas, em nome dos beneficiários. Agora a Prefeitura atua mais uma vez para dar dignidade, com moradias novas e seguras na Aguadinha.”

Só Por Deus

A Prefeitura vem criando alternativas customizadas, conforme as necessidades específicas de cada comunidade. É o caso da Só Por Deus, localizada na Região Urbana do Anhanduizinho. As 86 famílias que integram o local também receberão os cartões do Credihabita nesta sexta-feira (10).

Após o parecer favorável da Comissão de Acompanhamento de Projetos de Regularização Fundiária (Coaref), a Amhasf foi autorizada a dar início ao processo de regularização da comunidade. A área já está georreferenciada e teve os lotes demarcados em maio deste ano. Mesmo enfrentando diversas dificuldades, como o destelhamento de barracos e moradias improvisadas durante a tempestade ocorrida no mês de outubro, a Prefeitura realizou atendimento rápido de emergência. De agora em diante, as famílias irão morar com mais tranquilidade, em casas resistentes e novinhas.

Maria Helena Bughi, diretora-presidente da Amhasf, antecipa como será o atendimento. “No início de janeiro, os profissionais já terão constituído os projetos customizados para cada família, pois algumas já construíram parte de suas moradias da maneira como podiam. Cada beneficiário terá acesso ao crédito de 25 mil reais para a compra dos materiais necessários, além do acompanhamento técnico dos engenheiros e arquitetos da Amhasf,