Servidores da Prefeitura de Campo Grande, do Estado e do Iphan visitaram o espaço onde funciona atualmente o Armazém Cultural, na Esplanada Ferroviária, um dos locais que está sendo observado para instalação da “Estação Digital” – o futuro Parque de Tecnologia e Inovação de Campo Grande. O projeto é da Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro) que estuda a implantação do partir de sugestões de diversos órgãos públicos.

A Prefeitura está intensificando os estudos que visam definir os aspectos arquitetônicos e financeiros para implantação da Estação Digital, projeto que faz parte do Reviva Campo Grande, programa que vai contribuir para a recuperação econômica do Município, gerando emprego e renda;

Em janeiro deste ano foi criado um grupo especial de trabalho para subsidiar o estudo e a estruturação do projeto e as demais ações previstas no Termo de Referência para implantação do Parque Tecnológico e de Inovação, em especial com a finalidade de estruturar e elaborar a governança que será empregada no referido Parque, e em junho membros da Prefeitura também foram a Recife visitar o Porto Digital, referência para o projeto de Campo Grande.

Para o secretário da Sidagro, Rodrigo Terra, o local pode ser considerado perfeito para instalação da Estação Digital. “Este local tem todas as características necessárias para que o Parque Tecnológico dê certo”, afirmou Rodrigo, lembrando que aquele é um espaço histórico e já teve importância fundamental para o desenvolvimento da cidade. “Queremos trazer novamente para este local, no centro da cidade, a importância histórica dessa região”, explica.

Catiana Sabadin, secretária da Subsecretaria de Gestão de Projetos Estratégicos (Sugepe), destacou que a Prefeitura já realiza obras nessa região. “Parques digitais têm muito a ver com programas de reabilitação urbana. Por isso, precisam ser construídos com a participação de todos, ouvindo e discutindo sugestões para a elaboração de um bom projeto e a proposta é também adensar mais a área central”, opina.

Patrimônio Cultural

Considerando o fato que o projeto da Estação Digital vem ao encontro do desenvolvimento da cidade, Max Freitas, titular da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), pondera que a proposta que está sendo analisada deverá ser construída com participação da comunidade cultural também, já que o Armazém Cultural é utilizado para eventos nessa área. Max lembrou também que o projeto integral da Esplanada Ferroviária poderá prever também a adaptação da Rotunda ali existente para realização de eventos culturais. “Dessa forma, o projeto cresce e o local se torna um grande centro de desenvolvimento tecnológico, econômico e cultural”, afirma Max, lembrando ainda que já está pronto um projeto para reestruturação da Feira Central, que também funciona nas proximidades.

A superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Mato Grosso do Sul, Maria Clara Scardini, comenta a relevância histórica e cultural do local. “O Iphan aprecia e apoia qualquer iniciativa que venha dar novos usos aos espaços tombados. Nos interessa o olhar atento à conservação do Patrimônio Cultural, ao investimento, ao bom uso, desde que sejam observados os valores e significados culturais ali reconhecidos. Estamos abertos ao debate para construção de novas propostas e à formação de parcerias para áreas tombadas em nível federal”, completou ela.

A visita técnica realizada quinta-feira contou com presença do diretor-presidente da Agência Municipal de Tecnologia (Agetec), Paulo Fernando, secretário-executivo da Câmara de Comércio e Indústria Portugal, Pedro Básia, de representantes do Patrimônio Histórico do Estado e do Município, e equipe técnica da Sidagro.