Os produtores de Campo Grande vão receber capacitação e ajuda para comercialização da produção através do Projeto Mercado Escola, coordenado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, que apresentou a proposta em reunião técnica realizada na Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro).

A Prefeitura Municipal e a UFMS estão preparando um protocolo de intenções a ser celebrado possivelmente na primeira quinzena de novembro, propondo a elaboração de um plano de gestão para o Mercado Escola, centro de inovação tecnológica para a agricultura familiar, projeto a ser inaugurado em março de 2022.

“O Mercado Escola tem muito a ver com o que a gente está realizando aqui na Sidagro. Essa parceria que estamos construindo com a UFMS será muito importante para a universidade, para a gestão municipal e, principalmente, para a comunidade e para o setor dos pequenos produtores da agricultura familiar”, disse Rodrigo Terra, titular da Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro).

Para Marcelo Turine, reitor da UFMS,  o Mercado Escola é estratégico para o agronegócio do nosso estado. “A universidade está contribuindo com esse projeto para fortalecer as cooperativas dos pequenos produtores.”

Oportunidade 

O projeto de extensão Mercado Escola UFMS, desenvolvido pela Universidade Federal em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (Fapec), vai fortalecer a agricultura familiar sul-mato-grossense por meio do uso de ferramentas da ciência e tecnologia. O projeto foi iniciado durante a pandemia de coronavírus. “ Esta é uma oportunidade única de se construir um plano de gestão do Mercado Escola entre UFMS e Prefeitura atendendo as necessidades dos municípios e dos produtores que serão atendidos pelo projeto”, disse Mirian Coura Aveiro, gestora técnica do projeto.

A coordenadora do projeto segue explicando que “a função social do projeto vai além de uma ação de extensão, já que o espaço do mercado será um laboratório de pesquisa, extensão, ensino contínuo e de oportunidades que podem ser soluções para as demandas de trabalho dos agricultores”. Haverá também um local para os acadêmicos desenvolverem trabalhos de conclusão de curso, mestrados e doutorados. Será um ambiente dinâmico e ganhará mais dimensão conforme a conclusão das etapas. “Esse espaço será a casa do agricultor, onde o produtor familiar vai poder comercializar sua produção e também vai ter formação para ter conhecimento de todas as áreas dessa cadeia produtiva”, explica.

O Mercado Escola vai atender 80 famílias e vai estar aberto ao público de Campo Grande e demais cidades do estado.

Comercialização

“É uma estrutura já pronta que pode contribuir em muito com os programas desenvolvidos pela Sidagro”, ressalta o superintendente do agronegócio da Sidagro, João Duarte. Para ele, esse novo projeto da universidade poderá ajudar muito em temas importantes para o agronegócio, como é o caso da análise de água, a certificação da qualidade da água tanto para irrigação quanto para atender pequenas agroindústrias em futuros projetos que a Prefeitura possa ter. O superintendente lembrou também que com a possibilidade de ter um local adequado para comercialização, a Sidagro poderá fomentar ainda mais a produção das comunidades integrantes da agricultura familiar.