O Grupo Especial de Estudo (GEE) do projeto de implantação do Parque Tecnológico e de Inovação de Campo Grande, a Estação Digital, realizou hoje sua primeira reunião de trabalho, com finalidade de estruturar e elaborar a governança que será empregada no espaço. Os primeiros debates do grupo tiveram como base o ambiente jurídico que envolve a criação da futura Estação Digital, com a Política de Inovação e Tecnologia e da Lei de Inovação, antes mesmo das ações de implantação do Parque, que serão administradas pela Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro).

“Com esse grupo, estamos construindo o tão sonhado Parque Tecnológico e de Inovação de Campo Grande”, garante Diego Bezerra de Souza, Coordenador do projeto criado para colocar a Capital nos trilhos da nova economia. Para Diego, o Parque Tecnológico não é apenas uma obra geograficamente localizada, “porque terá capacidade de irradiar as soluções tecnológicas aqui produzidas para todo país e até para fora dele”, conclui Diego, afirmando que o Parque será um lugar além de produção tecnológica, mas principalmente de integração de pessoas.

Os estudos preparam o terreno para a estruturação do plano de ação que culminará com o processo de incorporação de novas tecnologias e inovações às estruturas gerenciais e produtiva, públicas e privadas, como forma de alavancar o desenvolvimento econômico local e regional, objetivos da Estação Digital. 42 membros formam o GEE, pessoas do poder executivo municipal e estadual, do legislativo municipal, institutos de ciência e tecnologia, entidades de classes e pessoas com notório conhecimento do tema, que tem como objetivo subsidiar o estudo e a estruturação do projeto e as demais ações que fazem parte das metas do planejamento estratégico de Campo Grande.

É unânime a ideia de que a proposta precisa ser construída com a participação de todos os segmentos da sociedade, ouvindo e discutindo sugestões para a elaboração de um bom projeto, para que a Estação Digital seja um lugar de empreendedores gerando negócios inovadores. Pedro Paulo Pires, pesquisador da Embrapa Gado de Corte, destaca que a construção do Parque Tecnológico “é um sonho nosso de muito tempo e nós tínhamos desenhado toda a arquitetura para construir um Parque Tecnológico dentro da Embrapa e agora a gente vê renascer esse que é um sonho da cidade. Essa solução encontrada pela prefeitura é perfeita porque Campo Grande vai ter um espaço com grande índice de conhecimento tecnológico, com fomento inteligente da Prefeitura.”

BENEFÍCIOS PARA TODOS

A região da Esplanada Ferroviária de Campo Grande, onde o Parque Tecnológico e Inovação deverá ser instalado, é um conjunto formado pela antiga estação ferroviária inaugurada em 1914 e seus prédios anexos, além de 135 casas de moradia. Todo esse conjunto foi tombado pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Representantes do IPHAN e do Instituto Histórico e Geográfico de MS participam do grupo especial de trabalho que estuda a proposta de implantação do Parque Tecnológico. Existe, por parte deles, a expectativa positiva quanto ao funcionamento desse novo instrumento de inovação e geração de novos negócios.

“Como o Parque Tecnológico vai ocupar um espaço onde já existem pessoas, já existe uma dinâmica. Então, temos que repensar como fazer uma ocupação a conviver com aquilo que existe. É todo um cenário vivo” afirma Maria Madalena Dib Mereb Greco, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul e da Associação de Moradores da região da Esplanada Ferroviária.

Para a presidente da Associação de Moradores, a expectativa é que essa ocupação gere um bem-estar e uma convivência pacífica com os moradores do local. “Os moradores também podem ser protagonistas, podem ser a parte viva do Parque que pode trazer para eles benefícios que eles precisam como segurança, infraestrutura, limpeza, geração de empregos. Eu estou dedicando tempo nesse trabalho porque acredito nesse projeto, acredito na convivência pacífica entre os atores dessa proposta”, completou.