O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul lançou na manhã desta segunda-feira (11), na Casa da Mulher Brasileira, a XIII Semana da Justiça pela Paz em Casa, campanha nacional do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para agilizar processos judiciários de violência doméstica familiar e contra a mulher, e feminicídio. Em Mato Grosso do Sul, 14 juízes foram designados para julgar os processos.

IMG_0095Durante a solenidade, que contou com o apoio da Prefeitura de Campo Grande, a juíza Jacqueline Machado, que responde pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, apresentou 12 projetos que estão sendo executados simultaneamente no Estado e comentou a importância do evento.

Só no mutirão, 180 sentenças serão proferidas, além das outras priorizadas. “Nós podemos dar visibilidade a todas as ações desenvolvidas, é uma resposta para a população e além dos processos agilizados, também fazemos ações de prevenção para que essa violência seja cada vez mais coibida”, pontuou a juíza.

A Secretaria de Políticas Públicas para a Mulher (Semu) promove durante todo o mês de março, onde é comemorado o Dia Internacional da Mulher, ações de combate a violência contra a mulher em Campo Grande.

IMG_0092“Essa é a demonstração de mais um projeto que vai influenciar a vida das pessoas. Nós precisamos promover uma educação que inclui, enxerga as mulheres e promove à igualdade. Isso é um trabalho que muda o processo estrutural de tudo e principalmente dialogar com os homens que, não todos é claro, mas em sua maioria fazem parte disto”, comentou a subsecretária de Políticas para a Mulher, Carla Stephanini.

A coordenadora Geral da Casa da Mulher Brasileira, Tai Loschi, comemorou o evento e pontuou que o funcionamento da Casa é eficaz por conta das parcerias que ali atuam. Tai informou ainda que só das 19h de domingo, até as 7h desta segunda, foram registrados 21 atendimentos na Casa, que conta ainda com três mulheres alojadas e quatro crianças.

O alojamento é oferecido por 48h à mulher vítima de violência que não tem para onde ir. Só no mês de fevereiro, a Casa atendeu mais de 1.200 mulheres e realizou 12.353 atendimentos e encaminhamentos.

IMG_0161Desde fevereiro de 2015, quando foi inaugurada, a Casa conta com 238 trabalhadores, que se dividem no atendimento a recepção, encaminhamento aos setores integrados, delegacia especializada, concessão de medidas protetivas, atendimentos da Promotoria de Justiça, da Defensoria Pública e da Patrulha Maria da Penha, da Guarda Municipal. Até o dia 31 de janeiro, foram registrados 28.478 boletins de ocorrência.

Participaram do evento, representantes da Prefeitura, do Governo, do Judiciário, da DEAM e do Legislativo.