Paciente em tratamento na rede municipal estão reunidos durante a manhã. (Foto: SESAU).
Paciente em tratamento na rede municipal estão reunidos durante a manhã. (Foto: SESAU).

O “Dia Nacional da Luta Antimanicomial” é comemorado nesta sexta-feira (18) e tem por objetivo lembrar a conquista de pessoas com transtornos mentais e problemas com álcool e outras drogas, além de fomentar as discussões sobre o tema. Durante toda a manhã, a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), por meio da Coordenadoria de Saúde Mental, está promovendo  na Praça Itanhangá – no bairro Itaguagá Park – uma série de atividades ao ar livre direcionadas aos pacientes em tratamento nas unidades da Rede de Atenção Psicossocial no município.  O objetivo é desenvolver a integração e congregação destes pacientes em um espaço de uso comum.

médica psiquiatra, Ana Carolina Guimarães, coordenadora de Saúde Mental da SESAU: (Foto: SESAU)
médica psiquiatra, Ana Carolina Guimarães, coordenadora de Saúde Mental da SESAU: (Foto: SESAU)

A coordenadora de Saúde Mental da SESAU, Ana Carolina Guimarães, reforça a necessidade de desmistificas os pré-conceitos que existem em relação à pessoa que sofre algum transtorno mental e também quanto ao tratamento que, a partir da década de 70, com o surgimento do Movimento Nacional de Luta Antimanicomial, tem se tornado cada vez mais integrativo e humanizado.

“Esse momento nos traz a reflexão sobre os direitos das pessoas com transtorno mental, incluindo direito a liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direito de receber cuida e tratamento, promovendo autonomia e reinserção social, o que segue as diretrizes da atual Política Nacional de Saúde Mental”, diz.

A política garante também que o tratamento desses pacientes seja realizado em meio aberto, próximo à família e comunidade.

O Movimento de Luta Antimanicomial consiste em um diálogo de conscientização com as instituições e com os cidadãos ao elaborar o discurso de que os portadores de transtornos mentais não representam ameaça ou risco a sociedade.

“É necessária uma reeducação no modo de compreender os transtornos mentais, não como um estigma, mas um modo alternativo de ver e estar no mundo. O respeito e a conscientização seriam armas necessárias para reformular o modo como os pacientes eram tratados até aquele momento, dentro e fora de instituições responsáveis pelo tratamento”, complementa a coordenadora.

Rede de Assistência Psicossocial de Campo Grande

Recentemente Campo Grande atingiu 100% de cobertura dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que integram a rede de assistência psicossocial.

O município possui 6 CAPSs, 1 Unidade de Acolhimento e 1 Núcleo de Psquiatria, funcionando 24 horas por dia, com média de 1300 consultas ambulatoriais de saúde mental e 2000 mil atendimentos nos CAPS por mês.