Com o objetivo de destacar a importância dos processos de avaliação externa, a Superintendência de Gestão das Políticas da Educação da Rede Municipal de Ensino (Reme) realizou, nesta quarta-feira (25), o seminário “Cenários da Avaliação Educacional: desafios e possibilidades”. O evento propôs um diálogo com profissionais da Reme por meio das palestras ministradas pelo professor Edivagner Souza dos Santos, mestre pela UFMS e que falou sobre as perspectivas futuras dos processos de avaliações externas e pelo professor doutor pela UEMS, Djanires Lageano Neto, que abordou o tema “Autoavaliação: cenários e perspectivas para a mudança coletiva”.

DSC_1099A chefe da Divisão de Avaliação da Reme, Alcione Aparecida Ribeiro Valadares, falou sobre os 20 anos da avaliação educacional externa aplicados pela Reme e destacou que há muito o que se comemorar na data.

Ela explicou que Em 2005, por meio da Lei n. 4.358 de 29 de dezembro, foi instituído o Programa Municipal de Avaliação Externa de Desempenho de Alunos (Promover) e que tem como principais objetivos,  subsidiar a escola com informações que auxiliem na definição de suas prioridades e melhorar a qualidade dos processos de ensino e de aprendizagem.

“A Reme tem um histórico de cultura de avaliação desde 1999 porque foi um dos primeiros municípios a implantar avaliações externas, incluindo uma voltada para a alfabetização antes mesmo do MEC lançar a Provinha Brasil. Elas são importantes para subsidiar os professores, monitorar a qualidade do ensino e prestar contas a sociedade”, destacou Alcione.

Além disso, segundo Alcione, as avaliações possibilitam direcionar as políticas de Educação, ajudando os gestores a identificar os pontos fortes e fracos de diferentes áreas da Educação. Para isso, os alunos são avaliados nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Produção de Textos. Este ano a Semed realizou uma avaliação diagnóstica na área de Ciências da Natureza.

Democrática

A secretária-adjunta de Educação, Soraia Campso, que participou do seminário, destacou que o seminário foi importante para  debater os caminhos das avaliações educacionais externas, além de servir como uma reflexão sobre o trabalho desenvolvido. “As avaliações são importantes para todos os setores porque é um termômetro para sabermos onde estamos errando e determinar como e onde devo mudar. É visível que estamos fazendo um bom trabalho e que teremos bons resultados nas próximas avaliações’, afirmou.

Para o professor Edivagner Souza dos Santos, as avaliações devem se afastar de processos segregacionistas, seguindo uma linha democrática. “Se tiver que ter alterações neste processo, que seja para subsidiar a aprendizagem do aluno e melhorar a prática pedagógica do professor. Precisamos tomar decisões no sentido de reduzir as chances de utilizar esse processo para sobrepujar alguém. É importante que o trabalho  aponte os problemas para que, juntos, os profissionais possam chegar a uma solução, sem culpar setores específicos”, pontuou.