As notificações de casos de dengue caíram 96% durante o mês de janeiro, em relação ao mesmo período do ano passado em Campo Grande. Contudo, as constantes e intensas chuvas que atingem o Município exigem atenção da população para exterminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor também da Zika e Chykungunia. 

Durante o mês de janeiro, foram registradas 154 notificações de casos suspeitos de dengue na Capital, enquanto no mesmo período do ano passado foram 3.718 casos registrados da doença. 

Com um total de 20.240 casos durante todo o ano, a capital sofreu pela primeira vez com duas epidemias seguidas de dengue e, mesmo com uma redução significativa dos casos neste primeiro mês do ano, o responsável pela coordenadoria de combate a endemias vetoriais (CCEV), Vagner Ricardo, alerta para o risco da doença. “Nós temos percebido um aumento muito grande de reclamações e infestações pelo mosquito Aedes aegypti”, comenta. 

Segundo ele, esse crescimento na infestação de mosquitos é uma consequência da falta de cuidados da população em reduzir e exterminar locais que possam ser criadouros do inseto. As chuvas constantes pioram a situação, uma vez que assim evita-se de sair de dentro de casa, mesmo que ir apenas até o quintal, e a água passa a acumular nos reservatórios. 

“Hoje nós vivemos uma situação um tanto quanto particular, temos que lidar com a pandemia da Covid-19 que assola o mundo todo e ainda evitar a transmissão da dengue, que é uma doença endêmica da nossa região”, lembra o secretário municipal de saúde, José Mauro Filho. 

Para assegurar a saúde, tanto da população quanto dos agentes de endemias, as equipes permanecem realizando visitas nos imóveis em Campo Grande, contudo sem entrar nas casas dos moradores, vistoriando somente quintal e áreas externas, reduzindo, assim, a possibilidade de contágio pelo novo coronavírus.