O superintendente de Infraestrutura Rodoviária, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), André  Luiz Macagnan Freire, assinou portaria, publicada na edição desta segunda-feira (24) no Diário Oficial da União, que autoriza o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) e a Prefeitura de Campo Grande a construírem  uma rotatória na BR-163 para acesso ao braço norte do macroanel. O trecho liga as saídas para Cuiabá a de Sidrolândia (BR-060), passando pelo núcleo industrial de Indubrasil (BR-262).

Segundo o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, esta autorização vinha sendo articulada há dois anos pela Prefeitura e a Superintendência Regional do DNIT. Como a BR-163 é uma rodovia administrada por uma concessionária (a CCR Vias), nem a Prefeitura ou o próprio Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte poderiam fazer qualquer intervenção sem o aval da agência reguladora. Agora a rotatória será licitada pelo DNIT e vai dar funcionalidade a esta última etapa do macroanel, concluída pelo município em dezembro de 2019.

Obra retomada

Para retomar em 2018  as obras do macroanel, paradas desde 2014,  a Prefeitura de Campo Grande teve de fazer readequações no projeto, negociar junto ao Governo Federal a suplementação de recursos para custear intervenções que não estavam previstas no convênio original, firmado em 2009. No trecho entre as saídas de Rochedinho e Cuiabá, por exemplo, quando foi retomada a terraplanagem, constatou-se a necessidade de dois  “colchões” de pedras para drenagem da água de duas nascentes localizadas no trecho, em nova sondagem.

São estruturas de 250 metros de extensão, cada um, com dois drenos laterais. Isto evita que a água aflore, arrastando o aterro da pista. Também foram feitas mudanças nos projetos das três rotatórias para comportar o tráfego de caminhões pesados, como as carretas bitrens, parte do tráfego pesado que o trecho vai absorver, migrando da Avenida Cônsul Trad. A rotatória da MS-080 teve de ser redimensionada para se adequar a duplicação deste trecho da rodovia. Foi preciso negociar com o proprietário da fazenda localizado às margens, que cedeu 10 hectares para servir de faixa de domínio da rodovia.

A Prefeitura também teve que concluir a negociação com os proprietários que tinham áreas no traçado do macroanel, que atravessou 46 propriedades. Dos 24 quilômetros de todo o trecho em obras,  foram executados os últimos seis quilômetros, entre as saídas de Rochedinho e Cuiabá. No quilômetro final, antes de chegar a BR-163 foi preciso negociar a desapropriação com os proprietários.

“Se mantido o projeto original, os caminhões maiores não teriam como fazer rotatórias sem o risco de tombar”, explica o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos Rudi Fiorese.

Pistas e alças mais largas exigiram maior volume de terraplanagem e material de pavimento. O setor norte do macroanel foi projetado para ligar as saídas de Cuiabá e Aquidauana (BR-262), passando pelas saídas de Rochedinho e Rochedo (etapa em execução). Os caminhões de cargas que tenham como destino o núcleo industrial do Indubrasil ou a saída de São Paulo terão uma alternativa de tráfego sem passar pelo Centro da cidade.

A gestão também retomou a implantação do trecho final do macroanel, extensão da BR-060, entre as saídas para Rochedo (MS-080) e Cuiabá, passando pela MS-010 (saída para Rochedinho). Foram construídas duas rotatórias na confluência com as duas rodovias estaduais.