O auditório da Casa da Mulher Brasileira se transformou, na tarde desta terça-feira (19), em um palco onde alunas do 7º e 9º ano da Escola Municipal Professor Licurgo de Oliveria Bastos apresentaram monólogos com temáticas sobre a violência contra a mulher, abordando o racismo, preconceito, bullying e assédio.

No total, seis meninas relataram histórias em que as mulheres costumam ser vítimas no dia a dia. Os monólogos são fruto do projeto “Mulheres Extraordinárias”, desenvolvido com as turmas do 7º ano durante o primeiro semestre e que contempla questões que envolvem a violação dos direitos das mulheres objetivando promover o empoderamento feminino. A iniciativa veio após o contato com o projeto “Mulheres inspiradora”, da professora Gina Vieira, de Brasília.

A proposta, criada pela professora de Língua Portuguesa, Andrea Cristina Werneck, que apresentou aos alunos os livros “Eu sou Malala”, da ativista paquistanesa Malala Yousafzai, vencedora do Prêmio Nobel da Paz por defender o direito das mulheres estudarem em seu país e “O Diário de Anne Frank”, que foi uma adolescente alemã, de origem judaica, vítima do Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial.

O projeto resultou em um evento, realizado em setembro,  que homenageou 17 mulheres que atuam em diversos segmentos da sociedade campo-grandense e que têm se destacado por realizarem trabalhos em defesa da valorização da mulher nas áreas social, jurídica, educação, artes e serviço comunitário.

O sucesso da ação resultou no convite para apresentar os monólogos na Casa da Mulher Brasileira. A assessora de Ações Temáticas da Subsecretaria de Políticas para a Mulher, Marina Rosa de Sampaio Bragança, disse que a parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) tem levado diversas ações, como palestras e seminários para escolas do município.

“As alunas manifestaram o desejo de conhecer a Casa após participarem do projeto e essa apresentação foi muito importante porque elas são potenciais multiplicadoras do que aprenderam e podem trabalhar para um futuro com menos violência”, ressaltou Marina.

A professora Andrea Cristina Werneck explicou que os textos dos monólogos foram criados para enfatizar a luta feminina quanto a necessidade de conquistar a liberdade. “Acredito que a colaboração que este projeto pode oferecer à elas é mostrar que o futuro pode ser melhor, sem preconceitos ou abusos e com mais respeito”, destacou.

A aluna Mayara dos Santos Teixeira, 9º ano, disse que gostou da experiência de levar os monólogos para fora da escola. “Aprendi com o projeto que nós não somos fracas e temos capacidade para superar todos os problemas”, ponderou.