A população de Campo Grande participou ativamente da reunião pública para tratar sobre as obras de revitalização do quadrilátero central da cidade, que fazem parte da segunda etapa do Programa Reviva Campo Grande. Mais de 100 pessoas acompanharam as explicações da coordenadora do Programa, Catiana Sabadin, e dos representantes das empreiteiras que vão executar as intervenções, DP Barros e Engepar.

A reunião envolveu a Subsecretaria de Gestão e Projetos Estratégicos (SUGEPE), Unidade Gestora do Programa (UGP), Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (SISEP), Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação (AGETEC).

Para que fosse possível a transmissão online, a AGETEC montou uma grande infraestrutura que envolveu toda a equipe da Diretoria de Atendimento e Suporte e da Diretoria de Infraestrutura em apoio da Agência. Essa foi a primeira reunião virtual organizada pela AGETEC e ainda teve um diferencial em “lives” feitas até agora, já que contou com a participação em tempo real de intérprete de libras, garantindo total acessibilidade às informações. “Entendendo o momento da pandemia, os meios tecnológicos são a solução para que tenhamos contato com a população e consigamos divulgar e ouvir as informações”, afirma a gerente de qualidade da Agência, Valdirene Alegre.

A abertura da reunião foi feita pelo secretário da SISEP, Rudi Fiorese, que lembrou que as obras do microcentro serão bem mais leves do que foi feito na Rua 14 de Julho. “Vamos tentar trabalhar com apenas uma faixa da rua interditada e, além disso, teremos um escritório local para quem quiser consultar os projetos”. O escritório será instalado no prédio do Sesc, que fica na Avenida Afonso Pena, 2270.

Os palestrantes apresentaram detalhes do projeto e o plano de ataque para o início dos trabalhos. A previsão é começar as obras após o Dia das Mães (9 de Maio), justamente para minimizar o impacto nas vendas do comércio da área central.

Catiana Sabadin ressaltou a importância da volta de investimentos para a área central e apresentou o que está previsto na revitalização do centro, como o paisagismo, por exemplo. “Queremos transformar o centro da cidade em um ‘bairro verde’, sustentável. Também esperamos que no futuro os estabelecimentos tenham incentivos para funcionar de noite, trazendo mais movimento para a região”. Outro detalhe do projeto é a instalação de lixeiras de coleta seletiva. “Percebemos que faltava um local de descarte de lixo dos pequenos comércios, criamos então um dispositivo nas laterais, em forma de container, para que o acondicionamento seja mais adequado”.

As frentes de obras vão acontecer simultaneamente, já que o projeto foi dividido em dois lotes, um que será executado pela DP Barros e outro pela Engepar.

Segundo o engenheiro civil, Laércio Gutierrez, responsável pelas intervenções do lote dois, administrado pela Engepar, os trabalhos começam com drenagem e obras em terra, seguido de pavimentação, calçadas, mobiliários e paisagismo. Ele destacou que a empresa vai manter o fluxo dos pedestres e o acesso às edificações. “As intervenções não serão concomitantes, ou seja, não será feito tudo ao mesmo tempo, mas um lado de cada vez. O fluxo de veículos será mantido e tudo será informado antecipadamente”.

Já o representante da DP Barros, o engenheiro Renoir Zago, informou que a obra do lote um começa pela drenagem na Avenida Ernesto Geisel, seguindo para as intervenções nas ruas centrais como Marechal Rondon, Dom Aquino e Barão do Rio Branco. “Nosso objetivo é quando chegar no final do ano, já estarmos afastados do centro para não causar impacto onde tem maior número de comércio”.

A reunião foi aberta a perguntas da população, que participou com dúvidas sobre acessibilidade, mobilidade, entre outros temas. Todas as perguntas que não foram respondidas na hora, por conta do tempo, serão respondidas por email. A gravação da reunião será disponibilizada no site reviva.campogrande.ms.gov.br, além dos projetos citados na reunião para que qualquer pessoa tenha acesso.

Além da sociedade civil, participaram da reunião representantes da Associação de Mulheres com Deficiência, Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos, Coletivo Bici nos Planos, Movimento do Orgulho Autista do Brasil, Câmara dos Dirigentes Lojistas, Sindicato do Comércio Varejista de Campo Grande (Sindivarejo), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SEMADUR), Gabinete do Prefeito (GAPRE), Secretaria Municipal De Governo E Relações Institucionais (SEGOV), Agência Municipal de Transporte e Trânsito (AGETRAN), Secretaria Municipal De Gestão (SEGES), Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (SESDES) e Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDESC), Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (PLANURB) e Secretaria de Cultura e Turismo (SECTUR).

As obras da região central preveem a revitalização de mais de 21 quilômetros de vias, em mais de 80 quadras no perímetro que vai da Avenida Fernando Corrêa da Costa até a Mato Grosso e da Avenida Calógeras até a Rua José Antônio, incluindo ainda algumas extensões, como das ruas Marechal Rondon, Dom Aquino e Barão do Rio Branco, até as imediações da antiga rodoviária. A previsão de duração dos trabalhos é de 15 meses.

O projeto de revitalização consiste em uma série de melhorias na região, como recapeamento, instalação de lâmpadas de LED, microdrenagem, acessibilidade universal, padronização de calçadas, instalação de câmeras de videomonitoramento, arborização e paisagismo. Tudo para trazer mais dinamismo social e econômico, segurança e confortabilidade aos cidadãos.

Reviva

O Programa Reviva Campo Grande é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e trata-se de um conjunto de intervenções e obras destinadas a promover a dinamização da economia e qualificação dos espaços públicos da região central da cidade.

A primeira fase do Reviva foi a requalificação da Rua 14 de Julho, entregue à população em 2019, depois de 17 meses de obra. Agora, a segunda fase inclui a revitalização de um quadrilátero com mais de 80 quadras na área central, com investimento de R$ 60 milhões. Com o centro mais atrativo, seguro, acessível e moderno, a expectativa é impulsionar a economia. Já com o início das obras, estima-se a geração de mais de 1300 empregos diretos e indiretos, além da movimentação de consumo dos próprios trabalhadores no comércio do centro.