A Prefeitura de Campo Grande iniciou nesta quinta-feira (26) a quarta etapa da operação “Mosquito Zero – É matar ou morrer”. O lançamento da ação ocorreu durante a manhã na Escola Municipal Elpidio Reis, Bairro Mata do Jacinto.

Até abril, as sete regiões do Município serão contempladas. O objetivo é garantir que haja redução nos índices das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como a dengue, zika e chikungunya. O prefeito Marquinhos Trad reforça a necessidade do engajamento popular no enfrentamento ao mosquito, considerando que 80% dos focos ainda são encontrados dentro das residências.

“O Poder Público está fazendo a sua parte, mas é preciso que a população também colabore. Sem a união de todos, nós não vamos conseguir vencer essa batalha contra o mosquito”, complementa.

O secretário municipal de Governo e Relações Institucionais, Antonio Lacerda, lembrou que neste ano o vírus da dengue tem apresentado uma característica mais agressiva. “O índice de letalidade do vírus em circulação está maior, e isso nos preocupa. Por isso a importância de ações como esta e também conclamar toda a sociedade a fazer a sua parte”, comenta.

Para o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, as ações têm apresentado resultados positivos com boa adesão da população e empenho dos servidores envolvidos.

“Estamos acompanhando os números e o saldo até o momento é positivo. No entanto a vigilância precisa ser constante e vamos continuar trabalhando para que os índices se mantenham estáveis ou até mesmo caiam”, disse.

Nas três primeiras etapas da operação, realizadas nas regiões Imbirussu, Anhanduzinho e Bandeira, foram inspecionados mais de 19 mil imóveis, eliminados 15 mil depósitos e 1  mil focos do mosquito Aedes Aegypti. Foram recolhidos ainda nos pontos de descarte o equivalente a 380 caminhões de materiais inservíveis de grande e pequeno volume, como geladeiras, sofás, televisores e pneus.

A  exemplo das etapas anteriores, os trabalhos na região do Prosa devem durar em torno de 10 dias e contemplarão a limpeza de terrenos públicos, transporte de materiais inservíveis descartados, alocação pontual e temporária dos descartes em locais previamente definidos, fiscalização e autuação de descartes irregulares, visita às casas pelos agentes de combate às endemias para detecção de focos, limpeza, orientação e conscientização da população sobre os riscos e consequências das doenças transmitidas pelo mosquito.

Paralelamente, a Prefeitura se encarregará de fazer o trabalho de limpeza dos espaços públicos, incluindo praças e parques sob a sua administração.

Pontos de descarte

Nesta etapa da operação foram disponibilizados cinco pontos de transbordo para que os moradores da região possam fazer o descarte dos inservíveis.

Área 01: Rua Piraputanga com a Rua Guarulhos, EcoPonto – Jardim Noroeste.

Área 02: Rua Palmeiras com Rua Antônio Teodoro – bairro Estrela Dalva

Área 03: Rua Guanambi com a Rua Marques de Herval e ruas Caldeiras e Senhor do Bonfim – bairro Novos Estados.

Área 04: Rua Salsa Parrilha com a Rua Pedro Martins e ruas Chimango e Abel Aragão – Carandá Bosque.

Área 05 :Rua Bananal  com a Rua Dom João VI e Rua Jandaia – bairro Jardim Noroeste.

Dados epidemiológicos

Segundo Boletim Epidemiológico da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica da SESAU, até o dia 26 de fevereiro foram notificados 5.865 casos de dengue em Campo Grande, sendo que 667 deles já  foram confirmados. Até o momento há três registros de óbito no município, de um homem de 30 anos, uma senhora de 74 e uma criança de 9 anos de idade.

No mesmo período mencionado foram registradas 36 notificações de Zika Vírus e 19 de Chikungunya, que ainda estão passando por processo de avaliação laboratorial para confirmar ou não as suspeitas.

Durante todo o ano de 2019, foram registrados 39.417 casos notificados de dengue em Campo Grande, sendo 19.647 confirmados e oito óbitos.

Infestação pelo Aedes

Conforme o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo o Aedes aegypti (LIRAa), sete áreas de Campo Grande foram classificadas com o risco de surto de doenças transmitidas pelo mosquito.

O número de áreas em alerta praticamente dobrou, em comparação com o último LiRaa divulgado em novembro do ano passado, passando de 22 para 42 áreas. Dezoito áreas permanecem com índices satisfatórios.

O índice mais alto foi detectado na área de abrangência da USF Iracy Coelho, com 8,6% de infestação. Isso significa que de 233 imóveis vistoriados, em 20 foram encontrados depósitos. A área da USF Azaleia aparece em segundo com 7,4% de infestação, seguido da USF Jardim Antártica, 5,2%, USF Alves Pereira, 4,8, USF Sírio Libanês, 4,4%, Jardim Noroeste, 4,2% e USF Maria Aparecida Pedrossian (MAPE), 4,0%.