Nesta quarta-feira, 14 de novembro, é comemorado o Dia Mundial do Diabetes: doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. Para alertar a população sobre os cuidados preventivos, as unidades básicas de saúde (UBS/UBSF) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) programaram diversas atividades que pretendem chamar a atenção do maior número possível de pessoas sobre adoção de estilo de vida saudável como forma de combater, prevenir e controlar o diabetes.

O tema principal deste ano para o Dia Mundial do Diabetes é “A Família e o Diabetes”, por isso o apoio familiar é benéfico e necessário para pacientes de qualquer faixa etária.

Quando uma pessoa é diagnosticada com diabetes, a família tem sua rotina bruscamente modificada e passa a conviver com novas situações 24 horas por dia. As várias mudanças impactantes incluem os cuidados médicos farmacológicos (comprimidos orais, terapias com insulina, monitorização glicêmica, entre outros) e não farmacológicos (adequação da alimentação, prática regular de atividade física, estilo de vida mais saudável, etc.); os custos com os tratamentos; os desafios enfrentados pelo aluno com diabetes nas escolas ou do adulto nos postos de trabalho; entre outras mudanças podem afetar negativamente a rotina familiar.

Estudos recentes evidenciam que a contribuição de membros da família de crianças, adolescentes, adultos ou idosos com diabetes podem contribuir com a melhora do controle glicêmico e o gerenciamento do diabetes.

Segundo dados do VIGITEL/2017, em Campo Grande foram ouvidas 2032 pessoas por telefone, sendo que 7,7% delas disseram ter diagnóstico de diabetes. Destes, 8,2% são homens e 7,3%, mulheres.

A gerente técnica e coordenadora do Programa Municipal de Prevenção e Controle de Pacientes com Diabetes, Joana D’Arc Oliveira, explica que este número pode ser ainda maior. “A metade dos portadores da doença podem não saber que tem diabetes. Diante disso, é importante realizar o rastreamento de Diabetes e Pré-diabetes em todos os pacientes com fatores de risco, pois a demora no diagnóstico favorece o aparecimento de complicações”, ponderou.

Na SESAU, existem mais de 22 mil pacientes cadastrados e em acompanhamento para tratamento de diabetes nas unidades básicas de saúde.

Diabetes
Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. Mas o que é insulina? É um hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia.

Quando a pessoa tem diabetes e não a controla, o nível de glicose no sangue fica alto – a famosa hiperglicemia. E se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.

Fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2:

  • Diagnóstico de pré-diabetes – diminuição da tolerância à glicose ou glicose de jejum alterada;
  • Pressão alta;
  • Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue;
  • Está acima do peso, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura;
  • Tem pai, mãe ou irmão com diabetes;
  • Tem alguma outra condição de saúde que pode estar associada ao diabetes, como a doença renal crônica;
  • Teve bebê com peso superior a quatro quilos ou teve diabetes gestacional;
  • Tem síndrome de ovários policísticos;
  • Teve diagnóstico de alguns distúrbios psiquiátricos, como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar;
  • Tem apneia do sono;
  • Recebeu prescrição de medicamentos da classe dos glicocorticoides.

Fique atento! Se você apresenta os fatores de risco acima ou tem sintomas como: urinar excessivamente, inclusive acordar várias vezes a noite para urinar; sede excessiva; aumento do apetite; perda de peso – Em pessoas obesas a perda de peso ocorre mesmo estando comendo de maneira excessiva; cansaço; vista embaçada ou turvação visual; infecções frequentes, sendo as mais comuns, as infecções de pele, procure atendimento em uma UBS/UBSF para consultar e realizar exames periodicamente, pois quanto mais cedo você tiver o diagnóstico, mais rápido poderá agir para continuar saudável, agora e no futuro.

Programa Municipal de Prevenção e Controle de Pacientes com Diabetes
Os portadores de diabetes mellitus insulino-dependentes e que estejam cadastrados no cartão SUS ou no Programa Municipal de Prevenção e Controle de Pacientes com Diabetes recebem as tiras reagentes de medida de glicemia capilar fornecidos pela SESAU. A prescrição para o automonitoramento é feita a critério da Equipe de Saúde responsável pelo acompanhamento do usuário.

Na Capital, 1743 pacientes utilizam o automonitoramento de glicemia para promover o autocuidado. Cada usuário recebe a quantidade de tiras conforme a necessidade para as medições pelo período de um mês. Do total, 619 utilizam até 60 tiras por mês, enquanto que 1134 precisam de uma quantidade maior do produto.

Os pacientes que utilizam até 60 tiras por mês retiram o material na unidade de saúde mais próxima da residência. Enquanto que os demais são atendidos no Serviço de Referência em Diabetes (Seredi), localizado no Centro Médico de Especialidades. Já as crianças são atendidas no Centro de Especialidade Infantil (CEI).

Todos os pacientes que necessitam do automonitoramento de glicemia e que são atendidos nas unidades básicas de saúde precisam participar do Programa de Hipertensão e Diabetes (Hiperdia) para terem direito às tiras. Está é uma condição para promover uma melhor qualidade de vida ao usuário.

A medição periódica da glicemia nestes pacientes é importante par verificar se há episódios de hipo (baixa) ou hiper (alta) glicemia. Desta forma, ele pode ajustar a alimentação e a medicação, que nestes casos é a insulina de ação rápida, e ainda promove o autocuidado.