A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI), que utiliza como denominador principal a quantidade de nascimentos frente o número de óbitos infantis, caiu de 10,71 mortes por 1.000 nascidos vivos em 2016, para 8,74 em 2017. É o que mostra dos dados da Coordenadoria de Estatísticas Vitais (CEVITAL) da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), apresentados na primeira reunião de 2018 do Comitê Municipal de Prevenção da Mortalidade Materna Infantil e Fetal, na manhã desta quarta-feira.

A redução da TMI só foi possível graças ao aumento na quantidade absoluta de nascidos vivos em 2017. No ano passado nasceram 14.295 crianças, ante 13.726 em 2016.

O número de nascimentos seguia um crescimento gradual entre 2012 e 2015, porém esta trajetória apresentou uma redução em 2016, que pode ter sido influenciada pela epidemia do Zika Vírus associada às recomendações do Ministério da Saúde aos casais que desejavam ter filhos para o adiamento da gravidez, frente às possíveis malformações congênitas advindas da infecção em gestantes.

Mortalidade Materna
A Razão da Mortalidade Materna (RMM) registrada no ano passado está abaixo da média de Mato Grosso do Sul. A RMM da Capital foi de 35 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos em 2017, classificada como médio risco pela Organização Mundial de Saúde (OMS), enquanto que no Estado a média é 66 óbitos por 100 mil nascidos. O dado aponta o risco da mulher morrer durante a gravidez e após o parto.

O coordenador da CEVITAL, Bruno Holsback Uesato, ressalta que a RMM de Campo Grande “tem caído gradativamente desde 2015 devido às melhores condições dos serviços de saúde oferecidos às mulheres e gestantes, além de melhores condições sociais”.

A secretária adjunta da SESAU, Andressa de Lucca Bento, abriu a primeira reunião do Comitê e ressaltou que o órgão “possui uma importante contribuição nos resultados obtidos em 2017, uma vez que detecta as oportunidades de melhorias e realiza as recomendações à gestão e estabelecimentos de saúde”.

Causas de óbitos infantis
A principal causa de mortes infantis em 2017 esta relacionada com afecções perinatais (49%) que consiste em infecções e septicemia, desconforto respiratório, hemorragia pulmonar e patologias da placenta e cordão umbilical, seguida por malformações congênitas e anomalias cromossômicas (32%). Em 6% dos óbitos a causa da morte foi asfixia no domicílio por alimento e conteúdo gástrico.

Parto normal x cesárea
Outro dado apresentado no Comitê foi a redução na proporção de partos normais de 41,1% em 2016 para 38,8% em 2017. Segundo OMS, dar à luz a um bebê é um ato natural. De acordo com a instituição, se tudo estiver bem com mãe e com a criança, o parto é um processo fisiológico que requer pouca intervenção médica, sendo aceitável pelo órgão até 15% por cesárea.

Comitê
O Comitê é composto por diversas instituições de saúde, dentre hospitais, maternidades, além de contar com a participação do Conselho Municipal e Estadual de Saúde, de universidades e profissionais da área da Saúde.

Atualmente, o órgão é presidido pelo médico ginecologista e obstetra Dr. Paulo Saburo Ito, que apresentou o balanço das ações em 2017 e conduziu a análise de um óbito materno e um caso de óbito infantil que estavam sem a definição de causa.

 

 

taxa de mortalidade infantil

 

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