O Centro de Educação Ambiental – CEA Imbirussú foi o local escolhido nesta sexta-feira (18) para sediar o I Simpósio: Campo Grande – Meio Ambiente e Cultura – Saberes, Sabores e Sons – Trajetórias do Pantanal para a Capital.

IMG_7579-1Por meio da apresentação da cultura regional, estudantes, acadêmicos, professores e a comunidade local conheceram e puderam valorizar o meio em que vivem. O evento também proporcionou momentos de reflexão e integração com as questões ambientais.

O secretário municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana, José Marcos da Fonseca, enalteceu esse momento de resgatar a nossa cultura regional voltada à preservação ambiental, cultural e o desenvolvimento sustentável.

“Tudo ao nosso redor integra o meio ambiente, estamos numa constante interação. Desta forma, valorizar a cultura regional é também uma forma de preservar e valorizar o meio ambiente. E queremos aliar isso para o fortalecimento de ações e propostas para um desenvolvimento sustentável”, salientou o titular da Semadur.

Já a secretária-adjunta de Cultura e Turismo, Laura Miranda, destacou o sentimento de orgulho e pertencimento junto à nossa cultura. “É importante unirmos cultura, turismo e meio ambiente, devemos mostrar que nossa cidade é rica em patrimônio cultural, na gastronomia, além da preservação ambiental que reflete no que chamamos de turismo sustentável. E essas futuras gerações devem aprender a valorizar a cultura regional”.

O vereador Eduardo Romero, também coordenador da Frente Parlamentar de Vereadores Ambientalistas, parabenizou a administração municipal, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana, devido ao trabalho que está sendo realizado em conjunto com demais órgãos e instituições, ‘demonstrando que a preservação do Meio Ambiente é papel de todos’.

“Temos espaços maravilhosos em Campo Grande, dentre eles os Centros de Educação Ambiental, locais que oportunizam momentos de reflexão e saber. Assim, devemos preservar para usufruirmos da melhor maneira estes locais”, apontou o vereador.

O professor de gastronomia do Senac, Antônio Luiz Santos, apresentou ao público presente algumas particularidades e curiosidades da cultura regional, a influência das culturas de outras nacionalidades que se estabeleceram em Campo Grande além de destacar a cultura pantaneira.

“É importante os jovens se identificarem com a sua cultura para que possam conservar essa riqueza. Observamos em Campo Grande toda essa herança cultural em vários aspectos, principalmente a pantaneira. O sabor, por exemplo, é a introdução à construção cultural da pessoa”, disse Santos.

Após a palestra, os participantes saborearam a chipa, além de acompanhar a elaboração do prato tipicamente pantaneiro chamado de Macarrão de IMG_7586Comitiva, que também foi servido. Os ingredientes do prato são macarrão, carne soliada, cebola, alho, sal, urucum, banha de porco e água.

Petrona Benites, da Associação de Moradores do Nova Campo Grande, participou do evento e lembrou que muitas crianças não têm noção da riqueza da nossa cultura.

“Eventos como esse são fundamentais para o regate histórico e cultural. Nossas crianças estão perdendo esse contato com a cultura regional, não estão sabendo preservar o meio ambiente em que vivem. Então, com o apoio devido podemos mudar essa situação”, ressaltou a líder comunitária.

Kailanny Medina, 13 anos, aluna do 8º ano, comentou que não tinha muito conhecimento quanto a cultura regional relacionada à gastronomia. Ela citou como exemplo a falta de conhecimento sobre o cultivo da mandioca.

“Estamos acostumados a comer mandioca, mas eu não sabia de que forma era plantada, que tinha época certa e quantas variedades existem. Saber um pouco da história relacionada ao que comemos e como preservar o meio ambiente é uma forma de aprender e manter nossa cultura”, celebrou a jovem.

IMG_7607Já Igor Thiago Chamorro, também com 13 anos e estudante do 8º ano, apontou que momentos propiciam a aprendizagem de forma prática. “É a oportunidade que temos de aprender e vivenciar nossa cultura regional e valorizar o que temos de melhor para transmitir”, disse ele, lembrando que sua família tem descendência paraguaia e em sua casa existe a tradição de comer chipa e sopa paraguaia.

Desta forma, fomentar e valorizar a cultura local, além de estimular geração de renda também é uma maneira de desperta a preservação socioambiental do cidadão.

O evento de hoje contou com a participação de representantes da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), da Patrulha Ambiental da Guarda Civil Municipal e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).