A 12 edição do Arraial Especial da Divisão de Educação Especial da Reme (Rede Municipal de Ensino) lotou a Praça do Rádio Clube, na região central de Campo Grande, na noite de sábado (7). Organizada através de parceria entre a Semed (Secretaria Municipal de Educação) e Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo), a festa, que começou às 18 horas, animou um público de pelo menos quatro mil pessoas, formado por famílias e comunidade escolar, que prestigiaram shows da dupla Guilherme e Falcão e Trem Bão.

_DSC5246Não faltou a tradicional apresentação do grupo de dança regional Camalotes e de quadrilhas de escolas da Reme e de instituições que atendem crianças com deficiências, como a Cotolengo e Juiano Varela, que também levaram barracas de comidas típicas. Toda a renda arrecadada foi revertida em prol das instituições.

Na abertura do Arraial, a secretária municipal de Educação, Elza Fernandes, destacou o empenho dos profissionais da Reme em garantir a excelência no trabalho desenvolvido com as crianças especiais atendidas pela Rede. “É muito importante a participação das famílias e comunidade nesta festa porque mostra o respeito e o carinho que temos por essas crianças. Nosso objetivo hoje é reforçar o nosso compromisso com a inclusão em nossas unidades”, afirmou a secretária.

Também marcaram presença na abertura do Arraial Especial, a secretária-adjunta, Soraia Campos, os superintendentes de Gestão Administrativa Financeira e de Convênios da Semed, Valter Pereira e de Gestão das Políticas Educacionais, Waldir Leonel, a secretária-adjunta de Cultura e Turismo, Laura Miranda e a vereadora enfermeira Cida.

Para Naiza Matos de Souza, da Associação Assistencial Horizonte que presta atendimento especializado na área de educação para atende 150 crianças com idade a partir de seis anos, a renda obtida é fundamental para ajudar na manutenção da entidade, que este ano foi responsável pela barraca da pescaria. Ela disse que ano passado, a instituição arrecadou R$ 1 mil, que foram revertidos para os serviços de manutenção e este ano acredita que a renda irá dobrar.

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a opinião de Naiza, a iniciativa de organizar a festa, que já é tradição na Reme, é necessária para ajudar a quebrar o preconceito com as crianças especiais. “A sociedade já evoluiu muito, as crianças são vistas com mais respeito, mas toda divulgação é bem-vinda”, destacou

A importância de promover eventos de inclusão social também foi ressaltada pela professora da escola Juliano Varela, Graciela Silva Santana. A entidade apresentou uma das quadrilhas de maior sucesso da noite, com 14 pares formados entre as 250 crianças com síndrome de Down que a entidade assiste. “O trabalho das entidades aparece mais hoje em dia por causa da mídia, mas a divulgação precisa ser constante porque para eles participar de apresentações como esta é a maior alegria  contribui muito com o aprendizado”, pontuou a professora.

Já a Cotolengo, instituição que atende crianças com paralisia cerebral grave oferecendo atendimentos específicos como fisioterapia, nutrição, fonoaudiologia, pedagogia, terapia ocupacional, psicologia, enfermagem, entre outros serviços voltados para proporcionar conforto e qualidade de vida às crianças, levou ao palco uma apresentação que emocionou o público. Com uma coreografia que envolveu os pais de seis crianças que se apresentaram em cadeira de rodas.

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“Nossa proposta, foi promover a interação das famílias e mostrar como é importante esse envolvimento para o aprendizado e evolução das crianças”, disse o coordenador da Cotolengo, o enfermeiro Getúlio Antonio de Paula.

Participando da festa pela primeira vez, a dupla Guilherme e Falcão fez a abertura do evento com um repertório formado por músicas regionais e sertanejo universitário. Emocionado, o cantor Guilherme disse que foi a primeira experiência da dupla em uma festa voltada para as crianças com deficiências.

“É incrível como eles mostram um carinho verdadeiro. Ficamos muito emocionados com tanta demonstração de amor e estamos ansiosos para uma nova oportunidade”, destacou Guilherme.

A chefe da Divisão de Educação Especial da Reme, Lizabete Coutinho, ficou satisfeita com a participação do público. “As apresentações emocionaram a todos, que perceberam a dedicação com que elas foram elaboradas. As crianças ficaram muito felizes com a oportunidade de se apresentarem”, disse.

Para Lizabete, a festa marca também o reconhecimento do trabalho na área da Educação Especial prestado pela Semed, já que o número de alunos atendidos já soma 2150 crianças em toda a Rede contra .1850 do ano passado. “Temos famílias vindo do interior para buscar vagas em nossas unidades. Graças a qualificação de nossos profissionais, somos referência no atendimento às crianças com deficiências e altas habilidades”, concluiu.