O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, com apoio da Subsecretaria de Politicas para a Mulher, preocupados com a violência obstétrica das mulheres, promove nesta quarta-feira (14), o Seminário “Boas Práticas de Assistência ao Parto”. O evento correrá no Auditório da Semu, localizado na Rua 15 de Novembro, 1.373, Centro, das 13 às 18 horas.

O seminário tem como base as considerações da Organização Mundial de Saúde, que reconheceu em declaração que toda mulher tem direito ao melhor padrão atingível de saúde, o qual inclui o direito a um cuidado de saúde digno e respeitoso

Carla Stephanini, subsecretária de Políticas Pública para as Mulheres, lembra que diante do quadro fático em que muitas mulheres sofrem abusos, desrespeito e maus-tratos durante o pré-natal, o parto e o pós-parto, o que não apenas viola os direitos das mulheres ao cuidado respeitoso, mas também ameaça o direito à vida, à saúde, à integridade física e à não-discriminação, colocando em risco também a saúde do nascituro, o seminário é mais que necessário.

Durante as 5 horas de evento, os participantes terão acesso a palestras, debates e mesa redonda. Às 13h30 a drª Ângela Rios falará sobre as boas práticas de assistência ao parto. Logo depois haverá um debate em cima do tema. Às 15h15 uma mesa redonda abordará os temas: planejamento reprodutivo, os direitos da mulher na assistência ao parto, a importância da participação das doulas, e Campo Grande e as políticas de PPP.

A mesa redonda contará com a participação do dr. Ricardo Gomes (HUMS),  Thais Dominato (Defensoria Pública), Indianara Oliveira (Sesau) e Tatiana Marinho (Associação das Doulas).

Organização Mundial de Saúde

A OMS considera violência obstétrica negar atendimento à mulher ou impor dificuldades ao atendimento; fazer comentários constrangedores à mulher, por sua cor, raça, etnia, idade, escolaridade, religião ou crença, condição socioeconômica, estado civil ou situação conjugal, orientação sexual, número de filhos e outras observações pessoais que ofenda ou humilhe a mulher ou sua família; negligenciar o atendimento de qualidade; agendar cesárea sem recomendação baseada em evidências científicas, desrespeitar a autonomia da mulher em relação a seu corpo.