Uma oportunidade para discutir alternativas para promover a interação entre a comunidade escolar e a sociedade e fomentar a utilização das tecnologias sociais na educação. Essa foi uma das propostas do I Seminário “Interação das Tecnologias Sociais com Comunidades Escolares, Perspectivas de Desenvolvimento Local”. O evento foi realizado na manhã desta segunda-feira (29.08) no Anfiteatro do Bloco “C” da Universidade Católica Dom Bosco e reuniu professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) e acadêmicos do curso de pedagogia.

De acordo com a diretora da unidade escolar, Tânia Vital, a intenção do encontro foi a de disseminar a proposta de tecnologia social, bem como refletir sobre a interação da comunidade escolar com a prática da nova ferramenta, com ações voltadas para cidadania, cultura e meio ambiente como a perspectiva de desenvolvimento local. “É importante termos a participação das universidades e professores da Rede Municipal de Ensino nesse processo porque contribui para difundir a proposta e amplia esse intercâmbio com a comunidade escolar”, afirmou Tânia Vital.

O evento contou com a explanação de dois palestrantes: o professor-doutor Paulo Roberto Padilha, representante do Instituto Paulo Freire/SP, que discorreu sobre o encontro cidadão da tecnologia social com as comunidades escolares: um percurso, poético, político, pedagógico”; e o gerente de Parcerias Estratégicas(Programas e Projetos da Fundação Banco do Brasil), João Bezerra Rodrigues Júnior que falou sobre a prática das tecnologias sociais como estratégica de aprendizagem coletiva e transformação social”.

Conforme João Bezerra, o tema abordado tem a responsabilidade de provocar noção de pertencimento da comunidade local diante do uso de tecnologias que favoreçam o crescimento da comunidade como um todo. “Precisamos colocar essas tecnologias sociais em prática para promover a transformação, o desenvolvimento local e isso será possível com essa discussão, é uma base para progredirmos cada vez mais”, disse.

Na oportunidade, o professor-doutor, Paulo Roberto ressaltou que o foco é valorizar o que tem sido realizado na escola e promover a intersetorialidade. “Não se faz escola sem um segmento escolar que são os alunos, professores, diretores. Cada pessoa é importante no processo de educação, no desenvolvimento escolar. Precisamos sempre inovar,  essa é a principal tese”, frisa.

Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Rui Nunes da Silva Junior, a prefeitura de Campo Grande tem promovido o fortalecimento e o fomento de ações sustentáveis, principalmente nas escolas da Reme. “O município vem trabalhando essa questão de tecnologia social, principalmente a secretaria de Meio Ambiente que em maio inaugurou o sistema de captação de água da chuva na escola Fauze Gattass, além de incentivar a produção de hortas urbanas. Promover a sustentabilidade é necessário”, disse o secretário.

A Escola Municipal Profº Fauze Scaff Gattass Filho venceu a categoria tecnologia social da etapa Centro-oeste do Prêmio Finep de Inovação 2010. “Tudo que tiver de novidade para incentivar os alunos é válido, porque sai do automático e aproxima o aluno do meio ambiente. É um projeto muito importante”, disse a estudante de pedagogia, Miralla Bernard.

O evento contou com apresentação cultural dos músicos Lenilde Ramos e Paulo Góis, além dos alunos da educação infantil da Escola Municipal Fauze Scaff Gattass Filho.