Audiência pública realizada na noite de ontem (31) para discutir o Plano Municipal de Saúde. (Foto: Diogo Gonçalves)
O secretário Marcelo Vilela durante apresentação na Audiência pública realizada na noite de ontem (31) para discutir o Plano Municipal de Saúde. (Foto: Diogo Gonçalves)

A reestruturação da Atenção Básica de Saúde, bem como o fortalecimento e qualificação do atendimento de urgência e emergência serão cruciais para melhorar o atendimento na saúde pública de Campo Grande durante os próximos quatro anos. Estes foram alguns dos pontos elencados pelo secretário municipal de Saúde, Marcelo Vilela, durante audiência pública realizada na Câmara Municipal na noite de ontem (31) para discutir a construção do Plano Municipal de Saúde – 2018 a 2021.

O secretário Marcelo Vilela explicou que o Plano Municipal de Saúde visa implantar a cultura do planejamento e elaborar estratégias de organização do acesso do usuário na rede de serviços e ações para garantir a integralidade da atenção à saúde, sendo capaz de produzir impacto positivo nos indicadores de saúde.

“A participação social no SUS é um princípio doutrinário e está assegurado na Constituição e nas Leis Orgânicas da Saúde e a efetiva participação da sociedade é fundamental para promover a democratização da saúde”, disse o secretário.

Ao fazer uma análise situacional da Saúde Pública de Campo Grande, Vilela ressaltou que existem muito desafios a serem enfrentados a fim de dar uma maior resolubilidade no atendimento, entre eles a reestruturação da Atenção Básica de Saúde, que hoje é pouco mais de 30%.

“Nós precisamos fortalecer a nossa atenção básica através da reestruturação e da implementação da Clínica da Família. Nós temos um percentual muito baixo de cobertura e resolubilidade e o reflexo disso nas unidades de urgência e emergência 24h, onde você tem um número elevado de pacientes que não precisariam estar ali. É preciso implementar essas ações e consequentemente conseguir mudar o comportamento da população”, ponderou.

Conforme o secretário, além de reestruturar a Atenção Básica, é preciso também fortalecer o serviço de urgência. Atualmente, Campo Grande conta com 10 unidades 24h que atendem urgência e emergência, sendo seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e quatro Centros Regionais de Saúde (CRSs).

“A nossa atenção de urgência é muito bem estruturada. Nós temos 10 portas de urgência e emergência e isso é suficiente. Agora, o que temos é qualificar essas unidades, investir em equipamentos e aparelhagem, além de melhorar as escalas de médicos, enfermeiros e demais profissionais para dar um atendimento célere à população”, finalizou.

 O Plano de Saúde é elaborado no primeiro ano da gestão em curso, com execução a partir do segundo ano até o primeiro ano da subsequente, sendo submetido a apreciação e aprovação do Conselho Municipal e Saúde.