A tecnologia é uma grande aliada para a construção de uma cidade mais justa, inclusiva e humana. Desta maneira, é que a Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação (Agetec), lançou nesta quinta-feira (16) dois projetos: Mirim Transforma e Aula Tech.

O objetivo é fomentar atividades de ensino em tecnologia e inovação para os adolescentes do Instituto Mirim de Campo Grande (IMCG) ingressarem no mercado de trabalho qualificados e também fazer o descarte correto de resíduos tecnológicos.

1B9A9719 (Copy)O prefeito Marquinhos Trad falou da importância da tecnologia na vida das pessoas e afirmou que é preciso saber usá-la de forma favorável.

“Ninguém mais consegue se separar da tecnologia. Eu acredito que a primeira coisa que você faz ao acordar é pegar o celular e o olhar o whatsApp. Se esquece o celular o celular em casa é um contratempo enorme, porque virou parte da nossa vida. E se assim é, vamos fazer o uso favorável”, disse.

Já a presidente do Conselho Gestor do Fundo de Apoio à Comunidade – FAC e primeira-dama, Tatiana Trad, salientou que a administração de Campo Grande está comprometida em trabalhar a favor e em favor dos jovens.

“Tudo que nós fazemos é pensando no melhor que nós podemos oferecer. Tudo que está sendo desenvolvido através desses dois projetos, o Tech Aula e o Mirim Transforma, vocês podem ter certeza que foi buscado excelência de trabalho. Que vocês possam aprender e compartilhem os conhecimentos que vão receber aqui, passem pra frente isso, sejam multiplicadores”, afirmou.

O Aula Tech foi desenvolvido pensando no mercado de trabalho. O maior site de recrutamento e seleção de talentos na área de TI do Brasil, a Catho, mostra que o mercado de informática do país vem crescendo exponencialmente nos últimos anos. Dados de 2017 notam que 1,3 milhões de pessoas estão atuando nessa área e até o final deste ano, 700 mil novas vagas no setor serão abertas. Pensando nisso, é que o projeto foi criado pela Agetec para os alunos do Instituto Mirim de Campo Grande.

1B9A9750 (Copy)As aulas de qualificação nas áreas de tecnologia e inovação serão ministradas por servidores da Agetec, agregando conhecimentos teóricos e experiências práticas na utilização das ferramentas de trabalho.

“Investir nos adolescentes é olhar para o futuro. A gestão não tem medido esforços para que seja transmitido a esses jovens conhecimentos que irão extrair deles o melhor, preparando-os para o mercado, que está cada vez mais competitivo”, disse Paulo Fernando.

As primeiras oficinas serão sobre a utilização da ferramenta Business Model Canvas, elaboração de infográficos para apresentações disruptivas e aplicação da TI no setor público.

Já o Mirim Transforma busca novas soluções para os resíduos eletrônicos que o IMCG recebe mensalmente – cerca de uma tonelada, tanto do interior quanto da Capital. A grande demanda é o reflexo do que acontece no mundo. Estudos da maior empresa de computadores dos Estados Unidos apontam que cerca de 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico são gerados todos os anos. Demanda essa que só aumenta.

Tendo em vista que os descartes indevidos de resíduos eletrônicos acarretam danos ao meio ambiente e prejuízos ao ciclo produtivo do setor de eletrônicos, o projeto “Mirim Transforma”, tem o objetivo de construir uma solução cooperativa para o reaproveitamento dos equipamentos de informática e similares.

“Vamos aproveitar a coleta seletiva já realizada pela prefeitura e criar oficinas de reaproveitamento dos componentes eletrônicos junto aos quase mil adolescentes atendidos anualmente nos programas de qualificação profissional do Instituto, dando a destinação correta para cada um deles”, explica o diretor presidente da Agetec, Paulo Fernando Garcia Cardoso.

1B9A9707 (Copy)Com isso, a prefeitura poderá ampliar o reuso interno de equipamentos e atender a demanda social da comunidade que se encontra em situação de vulnerabilidade econômica e social.

Para diretora-presidente do IMCG, Claudia Carneiro, os dois projetos vão modificar o instituto e o futuro dos jovens.

“Os projetos vão capacitar e qualificar vocês, abrindo mais segmentos no mercado de trabalho. Vão abrir novas oportunidades. Além disso, nós estaremos assumindo nossa responsabilidade dentro do desenvolvimento sustentável de Campo Grande. Estaremos contribuindo com a igualdade social, pois os equipamentos que recebemos, que serão recuperados, serão retornados às comunidades mais vulneráveis”, explicou.

Ambos os projetos estão em aderência aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Com isso, serão cinco objetivos e sete metas serão cumpridas e estabelecidas nos temas de cidades e comunidades sustentáveis, ações contra a mudança global do clima, consumo e produção responsáveis, entre outros.