Em tempos de mensagens enviadas pelas redes sociais e aplicativos de bate-papo, o trabalho do carteiro quase passa despercebido pelas crianças. Para elas, a função desse profissional se resume em entregar encomendas, correspondências bancárias ou contas de consumo. Para as novas gerações, receber uma carta ou telegrama são ações do século passado.

No entanto, as atividades desempenhadas pelos carteiros ainda têm um importante papel na sociedade. Para resgatar essa história e valorizar a profissão, a professora Maria Cícera Ramos, da escola municipal Professor Wilson Taveira Rosalino, no bairro Aero Rancho, criou o projeto “Era uma vez”, dentro da disciplina de Língua Portuguesa.

O projeto envolveu 60 alunos na faixa etária de seis anos e, além de divulgar a profissão de carteiro, também mostrou aos alunos o funcionamento dos Correios, parceiro do projeto, abrangendo todos os serviços oferecidos.

A ideia de criar o projeto com as crianças surgiu após leitura do livro “O carteiro chegou”, de Janet e Allan Ahlberg. A professora escreveu uma correspondência a cada aluno e depois foi entregue por um carteiro em sala de aula, como uma “Entrega Especial”.

Uma funcionária dos Correios, da área de filatelia, função destinada ao estudo e organização de selos, também acompanhou o trabalho. Na oportunidade da visita dos funcionários dos Correios à escola, os alunos receberam kits postais, contendo réplica de selos, cartões pintados por alunos, lupa e pinça confeccionado especialmente para crianças.

“O projeto está dando ênfase à leitura e valorizando o trabalho dos Correios, formando uma parceria, pois um dos livros escolhidos aborda o trabalho desse profissional”, ressaltou o diretor da escola Alcides Souza Filho.

O projeto está em sua terceira edição e o encerramento será no dia 6 de outubro e irá reunir as crianças participantes em uma festa. O intuito é reproduzir o que acontece na história do livro.

Para o aluno Victor Gregory Lemes Cinturion, do 1º ano D, o trabalho rendeu mais conhecimento e agora ele vai observar com outros olhos, a entrega de correspondência em sua residência.

“Eu gostei porque aprendi sobre a história do selo. Eu montei uma coleção e também fiz um cartão postal. Agora eu vou ficar fico olhando meu carteiro entregar minhas cartas. Já até sei o nome dele”, disse o aluno Victor.