A Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande divulgou na manhã desta quinta-feira (13) o balanço das ações realizadas no último bimestre (maio/junho) e definiu as estratégias de combate ao Aedes aegypti, que visam, especificamente, aumentar a vigilância nos bairros com alto índice de infestação do mosquito. A reunião de trabalho aconteceu na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora e contou com a presença dos supervisores gerais das sete regiões urbanas do município.

O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), realizado na última semana de junho, apontou índice de 0,5% de infestação predial. Este percentual é considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde. Porém, quatro bairros apresentaram percentual acima de 1% e colocam estas regiões em situação de alerta: Moreninhas/Cidade Morena, Margarida/Carandá Bosque/Mata do Jacinto, Taguaruçú/Jacy e Tiradentes/Maria Aparecida Pedrossian.

“A população tem que continuar atenta quanto aos cuidados e evitar focos do mosquito transmissor da dengue, chicungunha e zika vírus. Mesmo com este índice satisfatório de 0,5% de infestação predial, as medidas para eliminar os criadouros do Aedes aegypti devem ser intensificadas nestes bairros em situação de alerta”, disse o coordenador do CCEV, Eliasze Guimarães.

Segundo os dados do LIRAa, a maior quantidade de focos de larvar do Aedes foram encontrados em pneus (16%), piscinas (11%) e baldes/tambores (10%). Esses dados apontam que a maior incidência de focos está dentro das casas e que a população precisa continuar adotando medidas de controle e eliminação dos criadouros.

“As equipes dos agentes de endemias e os agentes comunitários de saúde vão intensificar as visitas nas residências para orientar a população e realizar o manejo mecânico para eliminar recipientes que possam ser criadouros do Aedes”, frisou Guimarães.

A intensificação das visitas será o foco do trabalho neste 2º semestre de 2017. “As visitas têm caráter educativo e de controle dos focos. Sabemos que a população é bem informada, mas vamos intensificar as visitas nos próximos seis meses para evitar uma elevação significativa nos casos notificados de doenças relacionadas ao Aedes”, garantiu o coordenador.

Os bairros América, Margarida, Rita Vieira, Centro Oeste e São Lourenço apresentaram Índice de Infestação considerado muito alto. Esta conclusão é obtida quando o índice fica acima de 35% e se compara as últimas quatro semanas epidemiológicas, a quantidade de casos notificados e população residente no local.

O coordenador disse ainda que “nestes casos, enviamos uma equipe de agentes de endemias para realizar o bloqueio in loco para fazer a eliminação dos criadores do mosquito e repassamos todas as orientações para os moradores redobrarem os cuidados”.