Nesta semana será assinada a ordem de serviço  e a empreiteira vencedora da licitação  vai iniciar pela Avenida Lúdio Coelho a reposição da fiação subterrânea furtada nos últimos dias em várias avenidas da cidade. Em consequência do furto, a  iluminação está desligada deixando às escuras trechos desta e de várias avenidas  que são corredores de acesso a diferentes regiões da cidade.

A reposição da fiação da iluminação pública   furtada vai custar aos cofres públicos R$ 240.973,20, incluindo o material e mão de obra. A disputa na concorrência (modalidade tomada de preços) reduziu em 20,60% o valor de referência previsto no edital, que era de pouco mais de R$ 301 mil. Em 2017, a reposição feita em praças de bairros como Guanandi e Novos Estados saiu por R$ 140 mil.

Para tentar dificultar  o trabalho dos ladrões, os fios serão “enterrados” em valetas de um metro profundidade, abertas com retroescavadeiras, quando antes, o cabeamento ficava só a 40 centímetros abaixo da superfície. “Também vamos pedir o apoio das autoridades de segurança para que investiguem os receptadores, já que é muito difícil conseguir o flagrante para prender os ladrões”, explica o gerente de Iluminação Pública,  Elionei Francisco.

A Sisep (Secretaria de Infraestrutura de Serviços Públicos) tem recebido diariamente reclamações de moradores sobre a falta de iluminação em alguns corredores onde ciclistas e pedestres dividem a ciclovia.  Na Lúdio Coelho, por exemplo, a fiação foi  furtada num trecho de quase 2 quilômetros, da Rua Vital Brasil até a  Rua dos Roseiras, divisa dos bairros Bonança e Buriti. Na Avenida Ernesto Geisel os ladrões levaram  3 quilômetros de fiação entre as avenidas Manoel da Costa Lima e Rua Ezequiel Ferreira, já no Aero Rancho. O mesmo problema acontece na Salgado Filho, sobre o viaduto Hélio Macedo.

No último mês de janeiro  foram roubados   7.300 metros  de fiação subterrânea, que se estendiam por 2,4 quilômetros em trechos das avenidas Eduardo Elias Zahran, Fernando Correa da Costa, Rua Plutão e da Praça dos Imigrantes,  além de privar a população de iluminação pública nestas regiões, gerou um prejuízo de R$ 20 mil aos cofres públicos. O valor corresponde ao custo para repor o material roubado (junto com a mão de obra), que é revendido a receptadores.

Foram levados 3 mil metros  de fios da Rua Plutão; 2 mil da Zahran; 2 mil metros da Fernando Correa da Costa e 300 metros da Praça dos Imigrantes. A ação dos ladrões  na esquina da Fernando Correa da Costa foi registrada por câmeras de monitoramento. Na Avenida Zahran foram duas investidas sempre aos finais de semana durante a madrugada.

Em avenidas como José Barbosa Rodrigues, Ernesto Geisel, onde já foram registrados furtos de cabeamento, a fiação subterrânea foi substituída por redes aéreas, que  embora esteticamente não seja a solução mais indicada,  tem a vantagem de dificultar o trabalho dos ladrões..

Registro policial

Todos os casos de furtos geram boletins de ocorrências para desencadear um processo de investigação da Polícia. Em  setembro do ano passado, por exemplo, foram recuperados 70 metros da fiação que havia sido furtado de  um trecho da Avenida Professor José Barbosa Rodrigues.

Os ladrões vendem aos receptadores os fios de cobre por R$ 10,00 o quilo, revendido às indústrias pelo dobro do preço.