A Prefeitura de Campo Grande tem assegurado R$ 204 milhões para obras de recapeamento e microrevestimento asfáltico nos próximos dois anos. O montante soma recursos próprios (R$ 14 milhões),  do Programa de Mobilidade Urbana (R$ 130 milhões) e  PAC Pavimentação (R$ 60 milhões). Eles são suficientes, segundo o secretário-adjunto de Infraestrutura e Serviços, Ariel Serra, para recuperar 370 quilômetros da malha viária, sendo 120 quilômetros de recapeamento e 250 quilômetros de microrevestimento, técnica para o fechamento dos pontos de fissura que  previne o surgimento de novos buracos.

Esta projeção foi apresentada pelo secretário-adjunto durante audiência pública na Câmara Municipal, promovida pela Comissão de Serviços Públicos. Ariel  mostrou um balanço da operação-buraco, fez um histórico das condições do pavimento de Campo Grande e apontou os gargalos financeiros para resolver o problema a curto prazo.

O secretário-adjunto relatou que a cidade tem 2.795 quilômetros de vias urbanas asfaltadas, mas pelo menos 1.500 quilômetros precisam de recapeamento, porque é um asfalto com mais de 20 anos, o dobro do tempo médio de vida útil do pavimento.  Para recuperar toda malha, seria preciso investir R$ 800 milhões. Sem a captação de recursos, não é possível fazer muito, já que o orçamento da Prefeitura reserva R$ 150 milhões para manutenção da cidade. Metade (R$ 75 milhões) desta dotação é para  limpeza , coleta e destinação final do lixo. O restante se destina aos demais serviços e contrapartida de financiamentos e recursos de convênios para custear os investimentos em obras.

Para ampliar a abrangência do recapeamento, a Prefeitura ainda busca a captação de um empréstimo do BNDES  para requalificação de vias (recapeamento, drenagem e sinalização) e conta com mais R$ 30 milhões em microrevestimento a ser executado pela concessionária Águas Guariroba, como ressarcimento pela abertura de valetas no pavimento para expansão das redes de água e esgoto.

Origem dos recursos

O secretário-adjunto explicou que a Caixa Econômica autoriza que 20% dos recursos do PAC Pavimentação sejam destinados ao serviço de recapeamento. Como há  um saldo de R$ 300 milhões deste financiamento, a Prefeitura destinará R$ 60 milhões para recuperar o pavimento de vias no entorno dos bairros que estã@4o recebendo drenagem e pavimentação, como Nova Lima, Santa Luzia, Jardim Seminário e Atlântico.

Nos complexos Altos do São Francisco e Mata do Jacinto Etapa D, estão concluídos ou em fase de execução, quase 18 quilômetros de recapeamento, abrangendo vias como Euler de Azevedo, Mato Grosso, Antônio Maria Coelho, Hiroshima, Avenida Desembargador Leão Neto do Carmo.

Com recursos das obras do  PAC Mobilidade Urbana, iniciadas pelo corredor sudoeste (Guia Lopes, Brilhante, Gunter Hans e Bandeirantes),  serão recapeados vias como a Gury Marques, Costa e Silva, Rui Barbosa (corredor sul); Bahia, Coronel Antonino, Gunter Hans e Calógeras (corredor norte).

A Prefeitura já tem destinado, como parte do contrato de tapa-buraco, R$ 14 milhões, em recursos próprios, para executar 250 quilômetros de microrevestimento nas vias onde o tapa-buraco for feito e com pavimento em melhores condições de manutenção.

O que já foi feito

De janeiro de 2017 até agora, em 15 meses da atual gestão, já foram executados  19 quilômetros de recapeamento e mais 27,46 (investimento de R$ 12,3 milhões) já estão contratados. Em vias de licitação, estão mais 24,79 km, ao custo de R$ 11,1 milhões.

Em relação ao tapa-buraco nos últimos 15 meses foram  tapados 328.427 buracos, abrangendo uma 845 mil metros quadrados,  um investimento de R$ 41,3 milhões.