A Prefeitura de Campo Grande começou a retomar duas das 25 frentes de drenagem e pavimentação previstas no PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), qualificação de vias urbanas. Já estão em andamento as obras do Seminário Etapa A e do Alto do São Francisco, abrangendo sete bairros. Nas duas regiões o investimento previsto é de R$ 36,5 milhões, com execução de 30,5 quilômetros de pavimentação e 9,1 quilômetros de recapeamento.

As obras estavam paradas há mais de seis meses, sendo interrompidas com 50% do serviço executado no Jardim Seminário e 60% no Alto do São Francisco.

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Sr. Marcelo Alves Carvalho

No Jardim Seminário etapa A, as equipes da empreiteira trabalham em obras de drenagem e construção de calçadas. Dos 9,5 quilômetros de pavimentação previstos, falta terminar 2 quilômetros nas ruas Marechal Câmara e José Motte.

Morador da Rua José Motte, João Lemes Gonçalves, 57 anos, pedreiro, diz não ver a hora de o serviço terminar. “Moro aqui desde 1980 e há muito esperamos pelo asfalto. A obra está andando e agora vemos que vai sair”, diz.

Para ele, o melhor do andamento da obra é ter parado com a sujeira que vinha com a chuva. “Aqui quando chovia era muito difícil. Vinha um barro lá de cima que deixava a rua intransitável. Desde que construíram a drenagem isto acabou. Agora só falta o asfalto”, afirma.

Também morador da mesma rua, o carpinteiro Marcelo Alves Carvalho, de 73 anos, diz que o andamento da obra está indo muito bem e só foi interrompido nos dias de chuva. “Estão sendo dias de muito trabalho e pararam apenas nos dias de chuva. Mas, está indo rápido e pra gente está muito bom. Acabou com o transtorno”, analisa.

O serviço no Alto do São Francisco foi retomado com a construção de calçadas e, tão logo entre um período de estiagem, a empreiteira vai iniciar a pavimentação. A previsão inicial de investimento foi de R$ 22,2 milhões.

A região abrange ainda os bairros Parque dos Laranjais, Nossa Senhora das Graças, Jardim Fluminense, Jardim Veneza, Vila Nilza, Jardim das Acácias e Jardim Paquetá.  A maior parte da pavimentação prevista já está pronta (19 quilômetros dos 21,78 previstos). Falta executar 9,93 quilômetros de recapeamento, abrangendo as duas pistas da Avenida da Euler de Azevedo (4,4 quilômetros somando as duas pistas entre a Tamandaré e a Presidente Vargas), além das ruas  Miguel Vieira,  Cerejeiras e Joaquim Lacerda.

_MAG1879Obras destravadas

Desde janeiro os engenheiros da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos têm trabalhado na revisão dos projetos, reprogramação dos contratos e destravando alguns entraves (como desapropriações) de todas as frentes de pavimentação. De acordo com o secretário Rudi Fiorese, será preciso convocar a segunda colocada na licitação.

A vencedora da concorrência desistiu da obra porque a gestão anterior atrasou os pagamentos ou se recusou a fazer a revisão das planilhas. No Jardim Bellinate, obra de R$ 3,3 milhões (só 31% concluída), também será preciso convocar a segunda colocada na licitação, porque houve rescisão do contrato da empreiteira que iniciou a obra.

Já na Mata do Jacinto etapa A, um projeto de R$ 9,6 milhões, falta ainda um saldo de R$ 2,3 milhões para executar, destinado a complementação das obras de drenagem e controle de erosão no Parque Sóter. “Falta abrir bocas de lobo, para ativar a rede de drenagem, construção de gabião no Sóter”, explica o secretário.

Para que seja retomada as obras na Mata do Jacinto etapa D, região do Parque dos Poderes, está em negociação a permuta de 6 mil metros quadrados na Avenida Afonso Pena, para onde foi planejado um piscinão com capacidade para retenção de 500 milhões de litro. A área, avaliada em R$ 600 mil, pertence ao Conselho Regional de Contabilidade e deve ser trocada por área pública com valor de mercado equivalente.

Contrapartida

Segundo o secretário de Infraestrutura, não é possível retomar todas as frente de forma simultânea porque neste momento a prefeitura não teria fôlego financeiro para o aporte das contrapartidas.  “Muito embora tenha sido contratado um empréstimo de R$ 26 milhões para as contrapartidas, com a paralisação dos serviços, as planilhas ficaram defasadas e será preciso promover um reajustamento”, pondera.

O PAC Pavimentação prevê  execução de 300 quilômetros de pavimentação, 100 quilômetro de recapeamento,  em um total de R$ 311,7 milhões de investimento.  Até agora só foram executados 24% das obras, R$ 75 milhões. Além de concluir 16 frentes iniciadas e não terminadas, é preciso licitar outras sete que nem começaram.