Em audiência pública na Câmara Municipal de Campo Grande, o prefeito Marquinhos Trad, acompanhado do secretário Municipal de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto, fez a prestação de contas referente ao 3º quadrimestre de 2016, ainda na gestão de Alcides Bernal, e apresentou perspectiva orçamentária para o ano de 2017.

Marquinhos Trad agradeceu a presença dos vereadores e em especial a comissão de finanças da Câmara Municipal de Campo Grande, pontuando que está trabalhando para colocar as contas em dia, ainda que enfrente dificuldade.

“Estamos atendendo à solicitação do edital de responsabilidade fiscal. O Pedro Pedrossian Neto está numa secretaria onde toda população pergunta como está a situação financeira. Estamos trabalhando para por as finanças da Prefeitura em dia, mas as coisas não são fáceis assim. Assumimos a administração com R$ 363 milhões em dívida. Conseguimos arrecadar R$ 183 milhões e com estes recursos quitamos a folha de pagamento do mês de dezembro e o 13º dos servidores” , explicou.

O prefeito lembrou que as contas ficaram disponíveis durante 23 dias, para que os vereadores conseguissem analisar e fizessem as perguntas durante a reunião técnica desta quarta-feira. “Estes números já foram apresentados para a imprensa. Também concordamos que a população tem que saber quem pagou e para quem são feitos os pagamentos. Queremos que todos fiquem sabendo para onde estão indo os recursos públicos”, frisou o prefeito.

O titular da Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto lembrou que foram quitados convênio com entidades assistenciais, Santa Casa e Maternidade Cândido Mariano assim que a prefeitura recebeu  e detalhou as contas da prefeitura atualmente.

“Em 2013 o pagamento com os funcionários consumia 40% do orçamento. Em 2017 o pagamento para os funcionários consome 52% do orçamento. Ao longo dos anos foram reduzindo os investimentos e aumentando a folha de pagamento. Temos que fazer contingência de R$ 215 milhões do total do orçamento, que foi provisionado pela administração anterior, para podermos equilibrar as contas neste ano, e no próximo ano começar com capacidade de fazer a economia voltar a crescer”, relatou.

O vereador e pastor Jeremias pediu a palavra e ressaltou que o prefeito Marquinhos tem mantido o diálogo aberto que não havia no governo passado. “Quero enaltecer a gestão do prefeito e a disponibilidade de explicar as contas da Prefeitura. Vamos trabalhar todos unidos para a Capital continuar crescendo e caminhando para um futuro melhor”, comentou.

Para o líder do prefeito na Câmara Municipal, Chiquinho Teles, as cobranças dos vereadores não são críticas e sim sugestões, que são boas e têm o aval da Prefeitura. “Está é uma primeira exposição do orçamento e esses detalhes explicam a que ponto chegou a situação financeira do município. O contingenciamento de R$ 215 milhões é necessário para não haver déficit e não ter fornecedor sem pagamento e servidor sem salário”, opinou.

A reunião foi convocada pela Comissão Permanente de Finanças e Orçamento, composta pelos vereadores Eduardo Romero, João César Matogrosso, Junior Longo, Betinho e Dharleng Campos.