Nos próximos dois anos, a Prefeitura de Campo Grande planeja investir até R$ 55 milhões na instalação de  46.250 luminárias de led de última geração, com tecnologia de telegestão, adaptada para receber conexão de câmeras e sinal de internet. Elas poderão ter regulagem de luminosidade, desligamento e acionamento à distância, a partir de uma central de gerência de todo sistema.

O objetivo é chegar ao final de 2020  com  40% da iluminação  pública  com as chamadas lâmpadas inteligentes, que são mais econômicas e com garantia de cinco anos. A compra destas lâmpadas mais modernas antecipa uma das metas do plano municipal de iluminação pública, em processo de elaboração. Serão atendidas todas as linhas de ônibus e as principais vias artérias (vias de acesso aos bairros mais populosos da cidade).

Atualmente, dos 120 mil postes da rede energia elétrica da cidade com lâmpadas, menos de 8%, 15 mil postes  têm led. Dos 15 mil existentes, 11 mil foram instaladas na atual gestão, que encontrou 16.126 mil estocadas no pátio da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos. Elas foram adquiridas em 2016, mas só em outubro do ano passado a Prefeitura recebeu autorização do Tribunal de Contas para a instalação.  Basicamente, são lâmpadas de 50 W  que não tem luminosidade para  avenidas de duas pistas por exemplo, sendo indicadas para ruas de até 10 metros de largura.

Nesta semana, foi aberta licitação do pregão presencial, na modalidade registro de preços, programado para o próximo dia 18,  com a sessão de disputa de preços a partir das 9 horas, sendo reservado um lote de 25% a participação de micro, pequenos e microempreendedor individual.

Como se trata de registro de preço, a Prefeitura vai adquirir os lotes de lâmpadas conforme suas necessidades e disponibilidade financeira, sem nenhum compromisso de  compra dos vencedores dos diferentes lotes. Uma das exigências é que as lâmpadas tenham garantia de cinco anos, período em que o fornecedor vai arcar com os custos das eventual substituição por queima ou qualquer dano.

Conforme a planilha orçamentária do edital de licitação, serão compradas 11.250 lâmpadas com potência máxima de 50 W (preço de referência de R$ 944,20 por  lâmpada) ao custo de R$ 10.622.250.00; 20 mil unidades de 120 W (cotadas a R$ 1.189,85 por unidade), orçadas em R$ 23.797.000,00 e 15 mil unidades  de 150 W(R$ 1.372,92 por lâmpada), cotadas em R$ 20.593.800,00.  Com a disputa do pregão, a expectativa é que estes tenham uma redução significativa.  Os preços de referência  representam uma média do que preço médio de mercado.

Uma das vantagens destas lâmpadas, segundo os técnicos da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, é que são pelo menos 30% mais econômicas,  contribuindo para baratear o custo da Contribuição de Iluminação Pública (COSIP) paga pelo consumidor. Esta economia é possível, porque a luminosidade da lâmpada é  diminuída, por exemplo, no final da madrugada, quando começa amanhecer ou início da noite, quando ainda não escureceu completamente.

Ano passado, a Prefeitura chegou a fazer um pregão eletrônico para compra de leds convencionais. Optou-se por fazer um novo certame, para  contemplar o projeto de um sistema de iluminação publica inteligente, em implantação em várias cidades do País, como a capital paulista.

O que é a telemetria ?   

A  telegestão e telemetria  é um sistema de monitoramento inteligente, que quando estiver implantado na sua plenitude, com cabeamento, vai permitir detectar por computador onde há uma  lâmpada queimada, sem precisar de ronda nas ruas ou que o morador tenha que ligar para informar o problema.  O contribuinte terá acesso ao sistema de controle da iluminação, podendo relatar via internet qualquer defeito observado.

Cada ponto de iluminação terá um Controlador Outdoor de Luminária (COL) que irá monitorar, controlar e dirigir o reator ou o driver de lâmpadas LED. O diferencial da telemetria é que o sistema realiza, periodicamente, medições de corrente, tensão, potência, vida útil e consumo de energia. Após a análise dos dados, sinaliza ao usuário sobre possíveis falhas no sistema ou, individualmente, em cada um dos pontos de iluminação. Permitirá a instalação de câmeras de monitoramento e servirá também para regular o sincronismo de tempo dos semáforos.