Na nova etapa do tapa-buraco, que começa nesta segunda-feira, a Prefeitura de Campo Grande passa a exigir cinco anos de durabilidade do remendo no pavimento. Esta é uma das cláusulas do contrato firmado com as sete empreiteiras que foram distribuídas pelas sete regiões urbanas, com o compromisso de montar pelo menos cinco equipes por região.

“Todo e qualquer defeito no pavimento que ressurja após o reparo ao longo dos próximos cinco anos terá de ser refeito pela empresa em no máximo sete dias após a notificação, sem ônus para a Prefeitura”, explicou o secretário-adjunto de Infraestrutura e Serviços Públicos, Ariel Serra.  Este prazo de cinco anos corresponde ao período de garantia técnica  cobrado de todas as empresas em qualquer obra pública que execute.

Ariel se reuniu com representantes das empresas e entregou um caderno de encargos sobre o serviço que será executado, no qual os engenheiros da Secretaria detalharam os procedimentos técnicos que cada prestadora de serviço terá de seguir com base em normativas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte Terrestre.

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Reunião para apresentar novos procedimentos do tapa-buraco

O caderno traz, por exemplo, a sequência que as equipes terão de seguir para recomposição do pavimento danificado. “Vamos contar com a ajuda da Universidade Federal e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, para que o serviço seja feito com qualidade”, explicou o secretário.

Os fiscais da Secretaria farão o registro fotográfico dos trechos danificados e depois do  buraco tapado. Um dia antes, as ordens de serviços serão expedidas com os locais, o tamanho dos buracos e a quantidade de material asfáltico necessária para fechar as crateras.

Outra preocupação é garantir o menor transtorno possível para o sistema viário. As equipes atuarão por faixa de trânsito, sempre deixando parte da pista aberta para a passagem dos veículos. “A ideia é que atuem de forma concentrada, só deixando determinada rua quando todos os reparos necessários em toda sua extensão sejam feitos”, argumenta o secretário-adjunto.

Presente à reunião com as empresas, o vice-presidente do CREA/MS, Domingos Sahib Neto, elogiou a iniciativa da Prefeitura de aceitar o controle social sobre a execução do tapa-buraco. “Estamos à disposição para garantir que a cidade terá um serviço de qualidade e que não haverá desperdício de dinheiro público”, analisou.  O professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, engenheiro civil David Alex Suarez, disponibilizou os laboratórios da instituição para avaliação e teste do material asfáltico usado pelas empresas.

O serviço de tapa-buraco receberá investimento de mais R$ 20 milhões, com a execução do convênio  entre Governo do Estado e a Prefeitura de Campo Grande. Esta etapa, que vai se estender por seis meses, começa com 30 frentes de serviço, mas nos próximos dias chegará a 35, sendo cinco para cada uma das regiões urbanas da cidade.