O empreendimento estava com as obras paradas há mais de quatro anos

 

A angústia finalmente deu lugar à felicidade. O choro de tristeza se converteu em alívio e sorrisos nos rostos dos 260 beneficiários do Residencial Rui Pimentel, obra contratada através do Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, em 2012 e que teve as obras paradas durante mais de 4 anos. A Prefeitura de Campo Grande cumpre, em 2019, o compromisso de atender a mais de mil cidadãos que aguardavam a finalização deste empreendimento a fim de recomeçar suas vidas em uma moradia digna.

Nesta segunda-feira (7) às 8 horas da manhã, o prefeito Marquinhos Trad, o governador Reinaldo Azambuja, o diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação (EMHA), Enéas Netto e sua equipe, a secretária de Estado de Habitação da Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul (Agehab), Maria do Carmo Avesani, com a presença de autoridades das esferas municipal e estadual, entregam o residencial Rui Pimentel I e II, localizado na Avenida Marajoara, Bairro Centro-Oeste, Região Urbana do Anhanduizinho, em Campo Grande.20191004_094243

As comemorações começaram nesta sexta-feira (4) no Armazém Cultural da Esplanada Ferroviária, ocasião em que os beneficiários assinaram os contratos dos imóveis sociais junto à Caixa Econômica Federal. A demanda de famílias foi dividida entre a EMHA e Agehab, sendo 124 famílias selecionadas pela Agência Municipal de Habitação e 136 pela agência estadual, conforme os critérios estabelecidos por Lei pelo PMCMV.

Fim das obras

O residencial havia sido contratado em 2012, por meio do Programa Minha Casa Minha Vida, com recursos do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial) oriundo do Governo Federal. Desde então, as famílias que se cumpriram os critérios do PMCMV aguardavam a finalização das obras.

d25f26aa-7bd0-4836-a196-8a40658f53a9O sonho teve de ser adiado, já que a empreiteira contratada à época pelo agente financeiro e detentor legal deste empreendimento (Caixa Econômica Federal) decretou falência com cerca de 90% das obras concluídas. Diante de cláusula do PMCMV, em que impede a entrega parcial de unidades habitacionais de interesse social, as obras ficaram paralisadas cerca de dois anos após o início das construções.

Sem perspectivas de finalizar as obras, a parceria entre a atual gestão da Prefeitura de Campo Grande e governo do Estado propiciaram o aporte de recursos das esferas municipal e estadual para por fim ao sofrimento dessas famílias. Após a assinatura do aporte, que aconteceu no dia 2 de abril deste ano, as obras foram retomadas. O residencial será entregue completamente reformado e finalizado, um compromisso que o prefeito Marquinhos Trad cumpre junto a essas famílias, ainda em 2019.

Por intermédio da Agência Municipal de Habitação (EMHA), foram aportados R$ 447.047,41 para a finalização das 124 casas que tiveram a demanda de famílias selecionadas pela Agência.

Vida nova a mais de mil cidadãos de Campo Grande

Iraildes Solange Oliveira Lima, 54 anos, acompanhada do filho, Galileu Naftali Lima de Oliveira, 34 anos, era só alegria durante a assinatura do contrato de sua moradia. Mãe e filho passaram por uma situação muito difícil há 10 anos: Galileu ia para o trabalho de bicicleta, quando foi atingido por um motociclista alcoolizado.

No acidente, o rapaz perdeu 2/3 da massa encefálica. A partir daí, foram dias, meses e anos de muita luta, enfrentando dificuldades das mais diversas. Galileu ficou 9 meses sem falar, 9 meses sem sorrir e hoje, apesar de estar em uma cadeira de rodas, está lúcido, cheio de vitalidade e acredita que, para quem tem fé, nada é impossível.

“Logo que meu filho sofreu o acidente, fizemos a inscrição junto à EMHA. A espera valeu a pena porque hoje podemos dizer que temos uma casa. Meu coração está a mi, é uma conquista, uma vitória! Só posso agradecer a Deus, em primeiro lugar, ao nosso prefeito Marquinhos Trad, ao Enéas, à dona Maria Helena (diretora de Desenvolvimento Social da EMHA) e a toda a equipe que fez esse trabalho maravilhoso”, comemorou dona Iraildes.

Pronta para morar – Os beneficiários do Rui Pimentel I e II já entram nas novas moradias totalmente adequadas para mudança imediata. Dona Iranildes diz que está contando as horas para mudar para o novo lar. “Já vamos entrar na casa com água e luz ligadas. Recebemos uma casa adaptada para o meu filho. Desde que aconteceu o acidente, há 10 anos ele nunca mais tomou banho de chuveiro. Agora ele poder, pois a cadeira de rodas entra pela porta o nosso lindo banheiro. Isso não tem valor, não tem explicação”, diz a mãe de Galileu, emocionada.

Para o diretor-presidente da EMHA, Enéas Netto, esse e outros exemplos de superação compensaram todos os esforços para poder destravar o empreendimento junto ao Ministério do Desenvolvimento Social e Superintendência da Caixa Econômica Federal. “Cada uma das 260 famílias está recebendo uma oportunidade de reescrever as suas histórias. Sabemos o tamanho do sofrimento pelo qual passaram, as angústias, as dores, e a equipe da EMHA sempre esteve de prontidão para responder a todos os questionamentos com transparência, além de buscar a solução definitiva para entregar o Rui Pimentel com a maior brevidade possível. Esta vitória é de todos nós”, complementou o gestor da pasta da habitação de interesse social de Campo Grande.

Rui Pimentel I e II

O Residencial Rui Pimentel I e II possui 260 unidades habitacionais que deverão atender mais de mil cidadãos que se encontravam em situação de vulnerabilidade. Desde 2017, início da atual gestão do Executivo Municipal, uma das prioridades da Agência Municipal de Habitação era destravar os recursos federais para o término das obras do residencial Rui Pimentel. Após diversas negativas do Governo Federal em liberar os recursos necessários para a conclusão das obras, em uma ação inédita entre Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado, ambos aportaram os recursos requeridos a fim de entregar as unidades habitacionais o mais rápido possível.

O Residencial Rui Pimentel I e II, localizado no Bairro Centro-Oeste, região urbana do Anhanduizinho, é composto por 260 casas, sendo oito adaptadas a PCD (Pessoas Com Deficiência). Cada unidade habitacional possui 38,38 metros quadrados e as adaptadas têm 40,12 metros quadrados cada.

As moradias possuem sala, cozinha, dois quartos, banheiro e área de serviço. O empreendimento possui centro comunitário, playground e infraestrutura com pavimentação asfáltica, drenagem, energia elétrica, rede de água e esgoto. O aporte inicial de recursos via FAR foi da ordem de R$ 13.813.858,33.

 

Serviço

Entrega do Residencial Rui Pimentel I e II

Data: 7 de outubro (segunda-feira)

Horário: 8 horas

Local: final a Avenida Marajoara, Bairro Centro-Oeste.