A Prefeitura de Campo Grande montou uma força-tarefa para solucionar o impasse criado com o fechamento do aterro do Noroeste. O secretário de Governo e Relações Institucionais, Antônio Lacerda, recebeu o vereador Chiquinho Telles e uma comissão de moradores para discutir o impasse em torno do fechamento aterro . Eles não aceitam a reabertura  e pediram providências da Prefeitura.

Lacerda aproveitou a oportunidade para convidar representantes dos caçambeiros e discutiu o problema, ouvindo os dois lados. “Estamos buscando uma alternativa, apesar do problema não ser de responsabilidade da Prefeitura de Campo Grande. Solicitamos a quantidade de caçambas com entulhos para resolver o que está pendente. A partir de então, caberá aos empresários a contratação de um aterro particular’, explicou Lacerda. A prefeitura decidiu ajudar porque os caçambeiros alegam não ter os R$ 400 mil necessários para depositar o material em aterro particular.

O morador Aroldo José Lima relatou os problemas enfrentados pelos 15 mil moradores da região, que convivem com fumaça, medo de explosão e desvalorização da região, já carentes de investimento em saúde, educação e infraestrutura. Eles deixaram claro que não aceitam o depósito de materiais no local.

A Prefeitura chegou a pensar em pedir autorização para depositar o material recolhido até 31 de dezembro no local, mas diante do pedido dos moradores, busca outra saída. O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, José Marcos da Fonseca, estuda a possibilidade de fazer o depósito em dois terrenos do Governo do Estado.  Caso não tenha impedimento ambiental, uma equipe da prefeitura pedirá a doação da área para resolver o problema.

Atualmente, uma área têm licença ambiental para receber o material em Campo Grande, mas caçambeiros alegam que eles não recebem o que é depositado nas caçambas atualmente. Outras duas, próximo ao José Abrão e Moreninhas aguardam licenciamento. As áreas do Governo do Estado estão localizadas  na saída para São Paulo e na saída para Sidrolândia.

José Marcos ressaltou a necessidade de regularização da situação dos caçambeiros, que podem contribuir até na fiscalização, denunciando moradores que fazem depósito ilegal, como televisores e animais mortos.

Lacerda  encerrou a reunião pedindo sugestões dos envolvidos para encontrar uma solução futura para recuperação da área no Noroeste. A principal alternativa é buscar uma Parceria Público Privada.  O aterro foi fechado por decisão judicial porque não possui licença ambiental para operação.

A reunião contou ainda com a participação do secretário de Infraestrutura, Rudi Fiorese, e do diretor da Agência Municipal de Trânsito, Janine Bruno.